Em um reflexo da crise habitacional atual, muitos americanos estão optando por manter arranjos de moradia compartilhada com seus ex-parceiros, uma situação que, segundo especialistas, carrega tanto vantagens financeiras quanto desafios emocionais significativos.
Segundo Chuck Vander Stelt, um agente imobiliário entrevistado pela Fox News Digital, o aumento nos custos de moradia tem impulsionado a decisão de ex-casais em coabitar mesmo após a dissolução do relacionamento. “Estou observando um número crescente de indivíduos divorciados ou separados, particularmente na faixa dos 30 e 40 anos, que preferem continuar vivendo juntos enquanto avaliam o mercado imobiliário,” explicou Stelt.
Essa tendência, que vem ganhando destaque especialmente após os impactos da pandemia de COVID-19, é discutida em fóruns online e sites de aconselhamento amoroso. Além disso, usuários do TikTok como @-diaryofamomma têm compartilhado suas experiências pessoais, oferecendo dicas para aqueles que enfrentam dilemas similares. Em seus vídeos, a usuária Cassie relata a dinâmica de morar com o ex e compartilhar a criação dos filhos sob o mesmo teto, uma decisão forçada por obrigações contratuais de aluguel.
Deon Black, um treinador de relacionamento, aponta que as principais razões para essa coabitação involuntária incluem fatores financeiros, a busca por familiaridade e o medo do desconhecido. “As gerações mais jovens, como os Millennials e a Geração Z, são as mais afetadas por essas circunstâncias econômicas adversas,” observou Black.
Apesar das economias potenciais, os especialistas advertem sobre os riscos emocionais e as complicações que podem surgir ao manter um ex-parceiro por perto. Suzannah Weiss, uma sexóloga, sugere que um “rompimento limpo” geralmente facilita a superação e ajuda a evitar o estresse emocional que pode acompanhar esses arranjos de moradia.
O fenômeno destaca uma realidade complexa enfrentada por muitos americanos em meio a um mercado imobiliário desafiador, onde as decisões de moradia são tomadas tanto por necessidade quanto por escolha, refletindo as pressões econômicas e sociais contemporâneas.