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Vizinhos de Cássia Kis repudiam presença da atriz, que está cada vez mais isolada

Moradores de ecovila se manifestam contra a artista e ameaçam processá-la por discursos homofóbicos

FolhaPress

11/11/2022 16h34

Foto: Reprodução

Cássia Kis é, desde agosto do ano passado, proprietária de uma casa no condomínio rural Ecovila Clareando, entre os municípios de Piracaia e Joanópolis, a uma hora e meia da capital paulista. A relação com os vizinhos vinha sendo construída de forma tranquila e harmoniosa, com direito a pequenas gentilezas por parte dela.

Cássia chegou a distribuir folhetos pela vizinhança que garantiam desconto no ingresso de seus espetáculos (“Sem recursos da Lei Rouanet”, como gostava de enfatizar). Há uma semana, porém, o caldo entornou. Acabou o amor.

Incomodados com o discurso homofóbico da atriz, moradores do Clareando criaram um manifesto contra ela no grupo de mensagens oficial do condomínio. Mais do que manifestar seu desconforto com a sua presença, os vizinhos trataram de “lembrá-la” que ela pode ser processada por discriminação ao público LGBTQIAP+. Cássia fazia parte do grupo até esta quarta-feira (9), quando, diante do quadro crescente de rejeição, decidiu excluir seu número da lista do WhatsApp.

Os vizinhos de Cássia Kis já começam o manifesto lembrando que a comunidade tem “direcionamento de preservação à vida”. Eles reforçam o repúdio às declarações da atriz, entre elas: “Homem com homem não dá filho, mulher com mulher também não dá filho” e “recebo as imagens inacreditáveis de crianças de 6, 7 anos se beijando. Duas meninas dentro da escola se beijando, onde há um espaço chamado beijódromo”.

“Infelizmente, em pleno 2022, ainda precisamos combater veemente afirmações repletas de ignorância, preconceito e discriminação”, diz um trecho do documento. Em outro, moradores reforçam o respeito às individualidades dentro do coletivo e dizem acreditar no poder da educação.

Eles deixam clara a possibilidade de processar Cássia, assim como fez o grupo Arco-Íris, movimento nacional que representa a comunidade LGBTQIAP+, por discursos homofóbicos. A notícia-crime foi apresentada no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que confirmou o recebimento nesta sexta-feira (4).

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