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Entretenimento

Um pouco da Semana de Arte Moderna de 1922 em 2022

No seu centenário, marco da cultura brasileira é homenageado pela Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro

Mayra Dias

06/02/2022 12h44

Foto: Marina Gadelha

“Para mim, é um prazer imenso cantar novamente com a Orquestra. Com uma formação camerística de oito violoncelos, cantando uma das obras-primas mais lindas da música brasileira, será muito emocionante”. É assim que a soprano Ana Luísa Melo define a sensação de participar da abertura da temporada deste ano (no dia oito de fevereiro) da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro (OSTNCS) que contará com homenagens à Semana de Arte Moderna de 1922. Tal marco da cultura brasileira completará seu centenário neste 2021, mesmo ano, inclusive, que o grito de independência às margens do Ipiranga, faz seu 200° aniversário.

Os concertos no canal da orquestra no YouTube começaram na sexta (4). Já a apresentação presencial será neste domingo (8), às 20h, no Museu da República. Conforme pontua o regente Cláudio Cohen, o concerto de abertura terá um foco principal quando se trata dos instrumentos. “No concerto de abertura da temporada, demos ênfase à família dos metais e percussão da orquestra, com várias composições do trompista Fernando Morais”, revela.

Desta forma, serão revisitados luminares como Astor Piazzolla, Heitor Villa-Lobos, George Gershwin, Paul Dukas, J.S.Bach, Anthony Holborne, Aaron Copland e, da MPB, Toquinho, Vinícius e Egberto Gismonti. “Villa-Lobos foi o compositor a participar da semana de arte moderna de 1922. Resolvemos prestar uma homenagem a esse ícone da música brasileira por meio de suas ‘Bachianas Brasileiras’, obras primas de sua criação”, desenvolve Cláudio.

Sobre o tema que será trabalhado, Cohen declara que a Semana de Arte Moderna de 1922 foi um marco revolucionário na história das artes no Brasil desde a literatura, artes plásticas e na música com a atuação do genial compositor Heitor Villa-Lobos. “Nesse sentido, não poderíamos deixar de prestar essa homenagem ao movimento bem como ao nosso compositor maior”, acredita o regente. “Buscamos programar a obra mais icônica de Villa-Lobos que são as Bachianas Brasileiras, nesse sentido, adequamos o repertório ao espaço do Auditório do Museu da República utilizando assim as obras de natureza mais camerística e intimista”, continuou Cláudio. Seguir essa linha, como ele defende, se conecta absolutamente com a proposta da semana de 1922.

Ana Luísa Melo fará, neste segundo concerto, o solo nas “Bachianas Brasileiras nº 5”, acompanhada pelo naipe de violoncelos. Entusiasmada, ela fala sobre o significado que há enorme significado em homenagear Villa-Lobos. “Fico muito feliz de poder cantar esse repertório tão conhecido e que representa a nossa música e o Brasil em sua essência”, diz a artista. “Villa-Lobos compôs as Bachianas Brasileiras, em um conjunto de nove suítes, com o desejo de universalizar a música de Johann Sebastian Bach por meio do folclore brasileiro”, acrescentou a soprano.

O equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) volta a se apresentar em público, presencialmente, em novo endereço. No Museu Nacional da República, o local passa a ocupar às terças-feiras em substituição ao Cine Brasília.

Serviço

Local: Museu da República
Horário: 20h
Datas: 8, 15 e 22 de fevereiro e 4, 11, 18 e 25 de março

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