Em entrevista ao site O Antagonista, o ator Tony Ramos disse que ficou surpreso com sua colega de trabalho Regina Duarte assumir a secretaria especial de Cultura no governo Bolsonaro. “Eu acho que ela se iludiu achando que dariam a ela condições de trabalhar”, disse o artista de 72 anos.
“Quando vi aquela notícia, como ela é uma produtora teatral, no passado produziu, interpretou e participou de peças importantes, eu falei: será que ela tem algum projeto? Depois, foi o que aconteceu, lamento por ela. Que é uma ótima pessoa, muito boa colega, etc. Me surpreendeu”, continuou Tony Ramos.
O ator disse ainda que não conversou com a colega porque acha que não tem intimidade para ter essa conversa com ela. “Não tenho essa intimidade. Isso que também tem que ficar claro: nem todos entre nós somos íntimos, por exemplo, como eu era com nosso querido e saudoso Tarcísio Meira, sou de Glória Menezes, tem alguns outros amigos meus que são mais íntimos, de dentro de casa”, disse Tony Ramos.
Durante a entrevista, o artista disse que o negacionismo do governo Bolsonaro no enfrentamento à pandemia o incomodou. “O negacionismo com vacina, por exemplo, me deixou sempre desesperado. Eu sempre acreditei na vacina”, afirmou.
Ao final da conversa, Tony Ramos concluiu que a cultura está abandonada. “Se me disserem: não, estamos preparando aquilo que achamos que tem que ser. Uma cultura não pode ser aquilo que alguém ache que tem que ser. A cultura é múltipla”, disse.