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Teatro e Dança

“O Último Tango” estreia no CCBB nesta quinta (17)

Com entrada gratuita, e temporada de 17 de agosto a 10 de setembro, na Galeria 4 do CCBB Brasília, o espetáculo traz provocações sobre o etarismo, o preconceito e os efeitos do isolamento pós-pandemia na terceira idade

Redação Jornal de Brasília

14/08/2023 13h05

“O Último Tango” é um projeto vencedor do Prêmio de Estímulo ao Teatro 2022 da Funarte na Categoria Centro-Oeste e narra o encontro de dois homens com ritmos de vida distintos, um deles maduro e o outro idoso, que juntos, encontram na dança o compasso da superação e um sopro de salvação. O Último Tango, com texto inédito de Santiago Serrano, dirigido por Sérgio Maggio, tem entrada gratuita e cumpre temporada de 17 de agosto a 10 de setembro, na Galeria 4 do Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB Brasília.

O espetáculo mergulha no universo de dois desconhecidos que se unem em razão da paixão pelo tango e que revoluciona as suas vidas. Os personagens apontam para a capacidade de reinvenção do ser humano em qualquer faixa etária da vida. O tango é o pano de fundo e palco para reflexões profundas sobre encontros e superação

Na candência de O Último Tango, finitude, etarismo, preconceito, homofobia e os horrores e contradições de um tempo que flerta com o fascismo vão sendo costurados durante toda a dramaturgia e resulta em um palco para reflexões sobre a vida pós-pandemia e a autonomia na terceira idade. A montagem reúne dois dos principais atores do teatro do Distrito Federal: Chico Sant´Anna e Jones Abreu Schneider, além de um time talentoso de diversas gerações de Brasília.

Antônio é um octogenário viúvo, que aparenta perda de memória e vive sozinho, mas sob a ditadura de seus dois filhos, em busca de um cuidador para o pai. Seu sonho é aprender a dançar tango e conhecer Buenos Aires, promessa feita à esposa Elvira, exímia dançarina de tango. Manoel é um artista maduro que passa por dificuldades financeiras, dá aulas de tango nas praças e sem residência fixa. Antônio e Manuel são dois homens que atravessaram o seu tempo, envelheceram os corpos, mas mantiveram os sonhos vivos. Até se conhecerem, a vida parecia um driblar de horas e dias. Um olhar e um gesto de solidariedade, no entanto, mudaram os seus destinos. Em sintonia, os dois acertam o passo e se unem ao ritmo portenho para construírem uma narrativa forte, atual e que precisa urgentemente ser encarada pela sociedade.

O autor do texto, Serrano, que vem a Brasília especialmente para a estreia, explica que O Último Tango é uma obra que faz refletir com uma dose de humor sobre a velhice e a reação ante ela. Sobre o isolamento e a perda de autodeterminação sofridos pelos idosos. “Entre sorrisos e tango, assistiremos a um encontro fortuito que mudará a vida de dois solitários. Sempre existe outra possibilidade, só temos que procurar outra saída”, conta o autor argentino, com inúmeras montagens de sucesso em Brasília e no Brasil.

Para Schneider, intérprete de Manoel, “essa é a história de dois homens que encontram na arte, a salvação”, explica. “A arte salva”, emenda Sant´Anna, que, aos 72 anos, é personagem e testemunha das agruras pós-pandemia e sobreviveu ao isolamento se alimentando disto. Os dois atores já atuaram juntos em espetáculos inesquecíveis como Arlequim, servidor de Dois Patrões (Hugo Rodas, 1999) e Demônios (Hugo Rodas, 2007).

Serviço:
O Último Tango

Data: 17 de agosto a 10 de setembro de 2023
Horários: quintas, às 16h (sessões com libras e audiodescrição); sextas (sessão com libras) e
sábados, às 20h; e domingos (sessão com libras), às 18h.
Local: CCBB Brasília — SCES Trecho 02 Lote 22, Brasília – DF
Ingressos: gratuitos, mediante a retirada no site bb.com.br/cultura ou na bilheteria física do
CCBB Brasília

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