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Teatro e Dança

Espetáculo “A Travessia” relata caminhada de 240 km percorrida por bailarinas

O documentário físico fica em cartaz no sábado (2) e domingo (3), às 17h e às 20h, no teatro Sesc Ceilândia

Redação Jornal de Brasília

28/08/2023 16h50

Foto: Juana Miranda/Divulgação

A bailarina Juana Miranda apresenta, neste fim de semana, o espetáculo “A Travessia – Uma Realidade Ficcional”. A obra, baseada em fatos reais, relata uma caminhada de 240 quilômetros percorrida por bailarinas que se propuseram a questionar seus próprios limites. O documentário físico fica em cartaz no sábado (2) e domingo (3), às 17h e às 20h, no teatro Sesc Ceilândia.

Trata-se de um documentário físico que conta com uma dramaturgia elaborada a partir do ambiente, da memória física e memória psicológica, costuradas pelo corpo. Os ingressos são gratuitos, mediante retirada pelo Sympla.

Mais sobre A Travessia

Para amantes das aventuras e esportes radicais, um ambiente desafiador, inóspito, sem sinal de telefone e internet. Para muitos, uma história de cinema, bem fora do tradicional e vista como quase impossível.

A Travessia surgiu de uma experiência de longa caminhada no Rio Grande do Sul, onde Juana Miranda e a bailarina Paola Luduvice saíram da cidade de Rio Grande e foram até o Chuí, no extremo sul do país. Foram 240 km percorridos em sete dias. A caminhada vai em quase toda sua extensão com mar do lado esquerdo e areia do lado direito, visão monótona e exaustiva por se tratar de uma linha reta.

O resultado de todo o processo e vivências irá agora ganhar os palcos. “Para vivenciar um pouco mais a fundo essa experiência, convidamos o público a chegar mais cedo no teatro. A realidade ficcional começará já durante a fila de entrada para as sessões, onde os espectadores serão convidados a conhecer o cenário da história através da realidade virtual. Depois, o público poderá usar sua imaginação e conectar o cenário na sua mente, junto com as cenas da história”, destaca Miranda, que visa por meio da produção também questionar os novos hábitos e forma de vida da humanidade. “Queremos trazer a temática da realidade virtual para as luzes da ribalta e apresentar uma pesquisa inovadora que mescla a dança, a tecnologia e o teatro físico”, ressalta a diretora.

Segundo Juana, a peça vale-se da dança enquanto corpo como base, mas de modo a mostrar que a pesquisa do movimento é muito mais ampla do que um estilo único. Por isso, muitos coreógrafos foram convidados a compor essa história que passa do contemporâneo ao break, house, danças populares e visa propor uma reflexão sobre o valor da experiência no corpo.

Há ainda um aprofundamento no uso da tecnologia que mergulha na pesquisa da Dança Digital, Cenário Digital, Realidade Virtual e novas formas de trabalhar a experiência do público a partir da tecnologia e da vivência nos dias atuais.

“Todos estes estudos que mesclam as linguagens me fizeram criar o KOH – Núcleo de Pesquisa da Cena e a pesquisa que deu origem ao meu livro O Olhar na Dança, onde entrevistei 30 coreógrafos no Brasil de dança contemporânea, com o grupo Atuantes, para entender mais o lugar da dramaturgia e narrativa dentro do fazer da dança”, finaliza a diretora que se banhou nestes estudos para criar o projeto A Travessia.

Em 2019 e em versão pocket, A Travessia esteve presente no evento WALKING ART, em Prespes/Grécia. Agora essa versão na íntegra que poderá ser conferida em primeira mão na capital do País será proposto um cenário digital e uso da realidade virtual para ampliar a experiência do público.
A peça conta ainda com trilha sonora original e impactante do multi-instrumentista Paulo Lessa.

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