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Música

Um papo com a Meu Funeral sobre música, história da banda e planos para o futuro

O grupo ainda dá detalhes sobre o lançamento de “Essa é pra transar chorando”, com participação de Xande de Pilares

Tamires Rodrigues

18/08/2023 10h36

Foto: Divulgação/Karyme França

Sempre é bom ver um grupo com uma vibe divertida, caso dos cariocas da Meu Funeral. Dan, Luquita, Pepe e Pedro Tentilhão integram a atual formação da banda. Inspirados por vários gêneros da música, como rock, punk rock e hardcore, os artistas provaram que são ecléticos e, recentemente, lançaram um single com participação do sambista Xande de Pilares: “Essa é pra transar chorando”.

Não é a primeira vez que a Meu Funeral mistura gêneros musicais. Em 2021, a banda lançou o single “Dançar” com a funkeira Tati Quebra Barraco. A ideia é sempre falar sobre a vida, expondo críticas sociais com muita acidez, porém de forma mais leve e cômica.

A banda bateu um papo com o Jornal de Brasília. Na conversa, os integrantes falaram sobre o novo single, contaram como a Meu Funeral surgiu, explicaram seus processos criativos e traçaram planos. Confira:

Confira o bate-papo com o JBr e a banda “Meu Funeral” sobre a nova faixa, planos para o futuro, como o grupo surgiu e suas composições: 

JBr: Por mais que vocês deem abertura a outros gêneros, a proposta central é o punk rock?

Luquita: Essa é a nossa proposta, o punk rock é o nosso fio condutor, mas sempre quisemos sair misturando com o que der na telha. Durante a pandemia, a gente fazia covers de outros gêneros e os fãs gostaram. Agora, eles esperam que a gente continue.

Dan: As pessoas sempre esperam que a gente vá se subverter em cada acorde, mas não somos tão criativos assim. 

Luquita: A gente não quer forçar a barra, precisa fazer um sentido, as músicas precisam puxar para algum lado. Elas nascem de uma onda, mesmo que diferente, seja mais pagode ou mais funk. A gente mistura a partir daí.

JBr: Como surgiu essa parceria com o Xande de Pilares?

Luquita: Um dos covers que a gente fez na pandemia foi justamente de “Clareou”, do Xande. Ele acabou ouvindo e achando bem legal, então a gente já tinha certa conexão. Quando surgiu essa música mais puxada para o pagode, chamamos ele e super funcionou. 

JBr: As letras de vocês falam sobre a vida em um tom ácido, mas cômico. Isso já está muito presente…

Luquita: Quando vou compor, gosto de usar o humor como um recurso para comunicar, e mesmo as músicas mais sérias têm esse lado mais cômico.

JBr: Conta um pouquinho da formação da Meu Funeral.

Luquita: Em 2017, eu estava meio na bad e comecei a fazer um monte de música com um brother meu, o Felipe Veloso. Ele abriu o estúdio pra mim. Daí, com aquele tanto de música pronta, comecei a procurar uma banda.

Já passaram várias pessoas pela Meu Funeral, mas estamos com essa formação desde 2020. Fechamos esse grupo e estamos firmes e fortes, felizes da vida. É uma parceria muito maneira.  

Dan, Luquita, Pepe e Pedro Tentilhão, integrantes da banda Meu Funeral – Foto: Divulgação/Karyme França

 JBr: Eu sei que tem álbum para ser lançado ainda este ano. Como anda o processo?

Luquita: A gente tem uma previsão, mas não vamos divulgar muito, vai que acontece alguma coisa. Mas logo logo vai sair.

Pedro Tentilhão: Podemos dizer que está muito legal.

Luquita: A gente está gravando esse disco com o pessoal da Head Mídia, de São Paulo. Está sendo ótimo trabalhar com eles, são referência no pop, no hardcore. Eles estão trazendo uma linguagem bem legal para as músicas, um trabalho muito cuidadoso. Estamos bem ansiosos. O disco vai se chamar “Rio” e vai contar com participações surpresas.

PS: Já tocamos em Brasília duas vezes neste ano, e logo queremos voltar!

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