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Literatura

Dia da mulher: escritora e produtora cultural brasiliense coordena projetos de incentivo à escrita e à publicação de mulheres

O primeiro conta com mais de duzentas participantes, todas brasileiras, e estende suas raízes por cinco países diferentes

Redação Jornal de Brasília

08/03/2024 10h09

Foto: Divulgação

Quantos livros escritos por mulheres você leu recentemente? E de autoras brasileiras? Apesar de o mercado literário ser um espaço que celebra a diversidade de vozes e perspectivas, muitas autoras precisam lutar pelo reconhecimento e pela valorização de seus trabalhos. Dentre os muitos desafios enfrentados, destaca-se a falta de visibilidade nas estantes da indústria editorial.

Em resposta a esse cenário, a escritora e produtora cultural Lella Malta coordena dois projetos que promovem a escrita e a publicação feminina: “Escreva, Garota!” e “Elas Publicam”. O primeiro conta com mais de duzentas participantes, todas brasileiras, e estende suas raízes por cinco países diferentes, proporcionando um espaço virtual para discussões fundamentais sobre teoria literária, técnicas de escrita criativa, publicação, distribuição e marketing literário.

“É uma comunidade de apoio, engajamento e capacitação continuada para mulheres que escrevem”, explica Lella. O grupo também oferece outros benefícios, incluindo a participação presencial nos maiores eventos literários do país, como a Festa Literária Internacional de Paraty – FLIP e Bienais do Livro de São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro.

O projeto “Elas Publicam”, por sua vez, é uma imersão destinada a profissionais atuantes em várias etapas da produção literária, seja como autoras, editoras, ilustradoras, livreiras, designers ou agentes literárias. Proporcionando networking e discutindo as dificuldades enfrentadas por essas mulheres, o projeto tem como objetivo principal fomentar o empreendedorismo feminino na indústria editorial.

“É o maior encontro de mulheres do mercado editorial brasileiro. Nossas edições já contemplaram as cidades de Brasília (DF), Campinas (SP) e Salvador (BA). Agora, no mês de março, chegaremos na capital paulista. A ideia é exatamente essa: rodar o Brasil e ir ao encontro das profissionais que atuam diretamente na cadeia produtiva de um livro”, ressalta a produtora cultural.

Para Lella, é essencial apoiar e promover projetos que capacitem e amplifiquem as vozes das mulheres na Literatura e no mercado editorial brasileiro: “O desafio não é apenas superar barreiras existentes, como o fenômeno do apagamento da escrita de mulheres, mas também garantir geração de renda, igualdade salarial no mercado, reconhecimento e visibilidade para aquilo que produzimos… As palavras, ainda que individuais, iniciam um traçar cujo ponto final é o fortalecimento da consciência coletiva, expressada por ações de empoderamento das mulheres e o desenvolvimento da equidade de gênero. Escrever, publicar, revisar, editar… Tudo isso marca lugar na existência. Queremos ser protagonistas das nossas próprias histórias”.

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