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Kátia Flávia
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Ludmilla se pronuncia após acusações de intolerância religiosa: “Não achei que iriam tão longe”

A cantora foi criticada durante sua apresentação no Coachella por causa de uma frase que apareceu no telão

Kátia Flávia

22/04/2024 10h30

A cantora foi criticada durante sua apresentação no Coachella por causa de uma frase que apareceu no telão

Ludmilla usou suas redes sociais para falar sobre as acusações de intolerância religiosa que vem sofrendo nos últimos dias por causa de sua apresentação no Coachella. Na ocasião, a cantora exibiu um telão que dizia: “Só Jesus expulsa o tranca rua das pessoas”. A mensagem causou polêmica, visto que a expressão em questão supostamente se refere a uma falange ou agrumanto de exus, entidades espirituais das religiões Umbanda e Candomblé.

A artista, então, surgiu nas suas redes sociais, na manhã desta segunda-feira (22), para explicar o ocorrido e rebater as acusações de preconceito. “Quando eu disse que vocês teriam que se esforçar para falar mal de mim, eu não achei que iriam tão longe”, começou em um post feito no seu perfil no X, antigo Twitter.

“Hoje, tiraram do contexto uma das imagens do vídeo do telão do show em ‘Rainha da Favela’, que traz diversos registros de espaços e realidades nos quais eu cresci e vivi por muitos anos, querendo reescrever o significado deles e me colocando em uma posição que é completamente contrária a minha”, acrescentou.

“‘Rainha da Favela’ apresenta a minha favela, uma favela real, nua e crua, onde cresci mas infelizmente se vive muitas mazelas: genocídio preto, violência policial, miséria, intolerância religiosa e tantas outras vivências de uma gente que supera obstáculos, que vive em adversidades, mas que não desiste. Isso passa por conviver em um ambiente muitas vezes hostil, onde a cada esquina você precisa se deparar com as dificuldades da favela.”

Ela ainda completou: “Meu show começa com uma mensagem muito explícita , que não deixa dúvida sobre nada! Na sequência, eu apresento a realidade sobre a qual esse discurso precisa prevalecer! Sobre uma favela sem filtros, sem gourmetizações, sem representações caricatas, uma denúncia sobre o real. Estou aqui pelo que é real e não essa versão vitrine importada para gringo achar que esse é um espaço que se reduz a funk, bunda e cerveja!”, completou.

“Não me coloquem nesse lugar, vocês sabem quem eu sou e de onde eu vim. Não tentem limitar para onde eu vou. Respeito todas as pessoas como elas são, e independente de qualquer fé, raça, gênero, sexualidade ou qualquer particularidade de que façam elas únicas”, finalizou.

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