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Kátia Flávia
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“Desabou tudo”, Richarlison fala sobre depressão após a Copa do Mundo

Na entrevista ao ESPN, o jogador destacou a importância de cuidar da saúde mental e cogitou em desistir da carreira no futebol.

Kátia Flávia

29/03/2024 13h00

Na entrevista ao ESPN, o jogador destacou a importância de cuidar da saúde mental e cogitou em desistir da carreira no futebol.

Genteee, o atacante da Seleção Brasileira Richarlison confessou durante uma entrevista ao ESPM que o seu sonho de estar na Copa do Mundo do Quatar acabou se transformando em pesadelo. E ele contou em detalhes como foi que ficou após serem eliminados da Copa.

Richarlison confessou sobre como isso o abalou na época e como teve que lidar com inúmeros com problemas pessoais. Obviamente, esse momento afetou e muito a saúde mental do atacante, que precisou deixar o preconceito de lado e procurar ajuda de um profissional.

“Tinha acabado de disputar uma Copa do Mundo, pô, no meu auge. E estava chegando assim, no meu limite mesmo. Não vou falar se matar, mas, eu estava numa depressão e estava querendo desistir… “, disse Richarlison em um dos trechos da entrevista. “Estava sofrendo muito ataque depois da Copa e com esse problema pessoal dentro de casa afetou muito, afetou logo eu [que] parecia que era forte mentalmente, sabe? Depois da Copa do Mundo, parece que desabou tudo”, desabafou.

O jogador também relatou que não tinha mais vontade de ir treinar e que chegou a confessar para o pai, um dos seus maiores incentivadores, que queria desistir do futebol.

“Dá até tristeza de falar assim, sabe? Por que só eu [sei] o que passei depois da Copa do Mundo e descobrindo coisas aqui dentro de casa, de pessoas que conviveram comigo mais de sete anos, é loucura. Chegar para o meu pai, que foi o cara que correu atrás do meu sonho, e falar que ‘pô, pai, quero desistir’, é coisa de louco”, relatou.

Enquanto lidava com todo esse conflito mental, Richarlison decidiu abrir sua mente, deixou o preconceito de lado e foi atrás de uma psicóloga para ajudá-lo. Hoje, o jogador reconhece que a terapia salvou a sua vida.

“Acho que a psicóloga, querendo ou não, me salvou, salvou minha vida porque eu só pensava besteira. No Google mesmo, eu só pesquisava besteira, só queria ver besteira de morte”, relembrou o jogador. “Hoje eu posso falar, procure um psicólogo, você que está precisando de um psicólogo, procure porque é legal você se abrir assim, você estar conversando com a pessoa. Hoje a professora veio me agradecer por estar levando isso para o mundo do futebol, para o mundo extracampo também, porque é muito importante e, querendo ou não, salva vidas”, ressaltou Richarlison.

Depois de superar o preconceito com a terapia , Richarlison é um dos poucos jogadores de futebol que levantam a bandeira da saúde mental no esporte.

“Eu tinha esse preconceito antes, eu falei na entrevista que eu tinha esse preconceito. Achava que era frescura, achava que eu estava doido. Da minha família mesmo, tem pessoas que acham que quem vai para o psicólogo acha que é louco, acha que é doido. Mas eu descobri isso e achei maravilhoso. A coisa melhor, a melhor descoberta que tive na minha vida mesmo”, concluiu o jogador brasileiro.

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