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Kátia Flávia
Kátia Flávia

Após trabalhar como babá na Inglaterra, influencer trans faz carta aberta pedindo mais empregos formais para sua categoria no Brasil

A influenciadora publicou uma carta aberta em suas redes sociais, realizando esse pedido.

Kátia Flávia

02/05/2024 18h00

A influenciadora publicou uma carta aberta em suas redes sociais, realizando esse pedido.

Em uma postagem recente em suas redes sociais, Suellen Carey, influenciadora trans, trouxe à tona uma questão: a falta de oportunidades de emprego formal para a comunidade trans no Brasil. Em sua carta aberta, divulgada no Dia do Trabalho, 1º de maio, Suellen compartilhou suas experiências pessoais e expressou preocupação com os desafios enfrentados pelos trans ao buscar emprego.

Em suas próprias palavras, ela declarou: “As pessoas trans não têm oportunidades, são discriminadas e muitas vivem à margem da sociedade, muitas trans trabalham na rua porque não têm opção… isso já passou da hora de mudar. Serão necessários quantas pessoas transsexuais morrerem para a sociedade perceber o quanto nos tratam de forma errada?”.

Suellen, que já trabalhou como babá na Inglaterra, mencionou os obstáculos que encontrou ao tentar exercer sua profissão. Ela destacou que muitas pessoas trans enfrentam dificuldades semelhantes devido à discriminação e à falta de inclusão no mercado de trabalho brasileiro. “Dia do Trabalho para quem?”, indaga com tom sarcástico.

Essa carta aberta publicada no Instagram da Suellen, ela ressaltou a urgência de mudanças no cenário do mercado de trabalho brasileiro. Para Suellen, essa não é apenas uma questão de conseguir um emprego, mas sim de ter a dignidade e o respeito que todos merecem.

“Queridos seguidores,

Hoje, neste Dia do Trabalho, enquanto muitos celebram as conquistas dos trabalhadores ao redor do mundo, eu me vejo obrigada a trazer uma questão que é urgente e crucial para mim e para tantas outras pessoas como eu.

Como uma mulher trans, tenho enfrentado inúmeras barreiras no meu caminho para conseguir um emprego digno e estável. Desde o preconceito velado até a discriminação flagrante, a jornada tem sido difícil e muitas vezes desencorajadora.

Recentemente, compartilhei um pouco da minha vida como babá aqui no Reino Unido. E enquanto esperava ser recebida com compreensão e aceitação, fui surpreendida com uma enxurrada de comentários negativos e intolerantes. É por isso que hoje estou fazendo um apelo por mais oportunidades de emprego formal para a comunidade trans no Brasil. Nós merecemos o direito básico de trabalhar sem medo de discriminação ou retaliação.

Não se trata apenas de mim. É sobre todas as pessoas trans que estão lutando para sobreviver em um mundo que muitas vezes as rejeita. É sobre criar um futuro onde todos tenham a chance de prosperar, independentemente de sua identidade de gênero.”

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