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Exposições

Por dentro do Museu Educativo

Projeto Museu Educativo 2.0, que está em sua segunda edição, possibilitou a visitação virtual e presencial às exposições permanentes e temporárias do Museu da República

Redação Jornal de Brasília

10/04/2023 13h08

Foto: Divulgação

O Museu Educativo 2.0, um programa fomentado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec), que mescla a educação patrimonial, a arte, a educação e a tecnologia; fomenta a democratização do acesso de maneira a estimular a sensibilização às artes, a ampliação do conhecimento, o acesso e a fruição das obras artísticas, encerra a segunda edição com 2.230 mil estudantes, entre 6 e 17 anos, atingidos diretamente pelo projeto. Esse número chega a ser três vezes maior, se considerarmos o envolvimento indireto de participações. O projeto foi executado por uma rede de parceria liderada pela Raruti Comunicação e Design com o Instituto Bem Cultural – IBC e a Mediato Arte Cultura e Educação.

O diferencial desta segunda edição, realizada entre 30 de março de 2022 a 30 de março de 2023, foi o aprimoramento de uma ferramenta de tecnologia educacional voltada para a construção de conteúdos para um programa educativo virtual inovador. Em 2022, portanto, além de dar continuidade e realizar as mediações por meio da plataforma digital criada pelo IBC, foi realizado um atendimento presencial às exposições com o Programa Educativo.

O Museu Educativo foi construído em três pilares essenciais: Educação Patrimonial; Arte, Educação e Tecnologia; e Democratização do acesso ao Museu. O projeto foi palco de sensibilização, formação de público, difusão das obras artísticas, por meio de atividades pedagógicas que envolveram a mediação cultural das exposições temporárias e permanentes do Museu da República, tendo em vista a riqueza artística dos bens que nele são salvaguardados. O programa atendeu 64 escolas públicas, 4 delas rurais e uma sediada em zona rural (Núcleo Bandeirante), recebeu 155 professores, realizou 126 visitas mediadas e 810 atendimentos espontâneos. A inclusão também teve espaço garantido, com 45 viagens de ônibus disponibilizadas para o trajeto escola – museu; duas associações, Casa Ismael e Casa Azul, e duas turmas de surdos (22 surdos e 10 acompanhantes) puderam vivenciar essa experiência.

Dinâmica

As visitas presenciais eram agendadas pela produção e mediadas por artistas visuais e/ou especialistas em mediação de artes plásticas que desenvolveram materiais educativos específicos de acordo com as temáticas mais variadas. Por exemplo, no dia que a escola CEF 5, de Sobradinho, visitou o Museu da República, o tema de ressignificação dos símbolos foi trabalhado com recortes de EVA onde cada aluno poderia construir sua própria bandeira. “Eles ficaram maravilhados, muitos nunca haviam entrado em um prédio tão monumental ou visitado uma exposição. Poder colocar a mão na massa e criar é algo que eles levarão para sempre em forma de aprendizado”, contou a professora Aline Antunes, de 30 anos, responsável pelo grupo de 45 alunos ansiosos pela visita.

Para Ingrid Louize, de 26 anos, professora da escola Rural Nova Betânia, de São Sebastião, a memória de ter participado, quando aluna, de um passeio escolar marcou para sempre sua vida. Por isso, ela fez questão de levar 30 de seus alunos, de 7 a 10 anos, e o resultado foi o mesmo: “Eu sei que eles jamais irão esquecer o momento, os monumentos, a estética. Além de carregarem, para sempre, um aprendizado que extrapola os muros da escola. Vivência e prática juntas”, revelou a jovem mestra.

Para Cristiane Dias, diretora executiva da Raruti, o programa esteve alinhado aos princípios fundamentais dos museus: a valorização da dignidade humana; a promoção da cidadania; o cumprimento da sua função social; a valorização e preservação do patrimônio cultural; a universalidade do acesso; o respeito e a valorização da diversidade cultural e o intercâmbio institucional.

Ela explica, ainda, no que diz respeito à Educação Patrimonial, que o projeto abordou ações que enfatizavam o acervo e a arquitetura do Museu Nacional da República. No pilar relativo à Arte, Educação e Tecnologia destaque para as ferramentas desenvolvidas e consolidadas possibilitando visitas virtuais, áudio-guia, vídeos, podcasts, entre outras.

Com relação à Democratização do acesso ao Museu a estratégia foi a de oportunizar e potencializar a aproximação e a fruição do público das diversas Regiões Administrativas do DF com o Museu e, também, das suas ferramentas virtuais, com foco nas escolas públicas e nas ações de acessibilidade.

“Cumprimos a meta de reconhecimento do Museu como um bem cultural universal. Ampliamos e diversificamos o atendimento ao público; aproximamos e contribuímos para aperfeiçoar a formação continuada de professores; incentivamos a formação, a atualização e a valorização dos profissionais de instituições museológicas e potencializamos suas contribuições para com as pesquisas”, revelou Dias, citando, ainda a aplicabilidade da Portaria nº 265 de 2016, da Secretaria de Educação, que visa o desenvolvimento integral do sujeito (considerando sua prática social), a preservação da memória e a formação de novos públicos para os equipamentos culturais.

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