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Em tom de bom humor, banda Lupa traz composições que falam sobre amor e sexualidade

Arquivo Geral

05/07/2017 7h00

Atualizada 04/07/2017 21h37

Foto: Divulgação

Larissa Galli
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Na Roma Antiga, acontecia um festival pagão em homenagem ao amor e a fertilidade. Eram várias noites de celebração, com vinho e muita liberdade sexual. As estrelas da noite eram as lupas (do latim: lobas, prostitutas) de Roma. Esse festival, chamado Lupercália, inspirou cinco brasilienses a criarem música baseada nos princípios do amor, liberdade e entrega. Assim surgiu a banda Lupa. “Virou sinônimo de amor carnal, amor de entrega, liberdade e euforia. E é disso que a gente fala, a gente quer transmitir essa sensação que as pessoas tinha na Lupercália, de você poder ser feliz e fazer o que quiser com todos nessa mesma sintonia”, explica o vocalista e guitarrista Múcio Botelho.

Além de Múcio, a banda conta com João Pires, na bateria; Lucas Moy, no baixo; André Pires, nos teclados, percussão e voz; e Victor Cavalcanti, na guitarra. Dentro das veias do quinteto brasiliense corre um mar de amor, e, como na letra de Bem Me Quer, faixa do álbum de estreia da banda, convida os fãs para se afogar nesse oceano de afeto com a Lupa.

Morrer de amor parece ser uma forma de viver em paz para o grupo. Todas as letras das 12 faixas que formam o álbum Lupercália falam de amor e desejo. Um fã, inclusive, escreveu que Lupa é “a banda que fala sacanagem da forma mais linda possível” no Twitter. “E essa foi justamente a ideia que a gente trouxe para o clipe de Justo Eu”, confirma João. O primeiro videoclipe faz referências divertidas ao sexo, com o objetivo de trazer a naturalidade de volta ao tema, quase sempre tratado como tabu. “Tudo fala de amor. A vida é amor. A gente existe para espalhar o amor”, destaca o vocalista.

Companheiros de banda há quatro anos, Múcio e João, que também são primos, garantem que essa mentalidade rege a vida e todo o trabalho do grupo. “Numa época em que estão pregando a frieza, bater na porta de uma pessoa e falar de amor, entrega e do se colocar frágil em situações é uma coisa muito corajosa”.

Financiamento coletivo

O disco de estreia foi lançado em abril deste ano, financiado inteiramente por seus fãs por meio de crowdfunding. “Quem gravou o CD foram os nossos fãs, a gente só tem um disco na mão por conta deles”, ressalta Múcio. Ele e o baterista João contam, em entrevista ao JBr., que todo o processo de financiamento foi muito gratificante e possibilitou conhecer os verdadeiros fãs. Lupa atingiu 150% da meta de crowdfunding e bateu o recorde do Centro-Oeste de financiamento coletivo para bandas.

Mas eles querem ir além da música. Segundo João Pires, a arte é só uma das formas de comunicação possível com quem acompanha seu trabalho. “Não é só sobre música. É sobre uma ideologia, contato, visão de mundo, é sobre tudo que a gente tenta passar na ideia de lupa: amor, entrega e carinho”, detalha o baterista. “A música é o instrumento mais incrível que a gente tem para mudar vida de pessoas, de mudar o jeito delas enxergarem o mundo, de se relacionarem com as pessoas”, completa Múcio.

Desconstruindo a relação com os fãs

Os músicos contam que desde o início, em 2013, a Lupa acredita que não deve existir nenhum tipo de barreira entre quem está em cima do palco e quem está no meio do público.

“Nossa ideia era quebrar a inércia do público, mudar a relação que as pessoas tinham com a banda ao vivo, nas redes sociais… e acho que isso foi o que trouxe mais atenção para gente. Até hoje isso é a coisa mais forte que a gente tem”, explica o vocal.

Já de acordo com o baterista João, a evolução da banda aconteceu de maneira natural. “A gente conseguiu aos poucos converter todos os nossos amigos – que iam aos nossos shows só por serem amigos – em verdadeiros fãs. Eles passaram a acreditar e sonhar junto com a gente”, afirma.

Show

Lupa já dividiu palco com artistas como Projota, Banda do Mar, Vivendo do Ócio, Scalene e Dona Cislene ao longo de mais de 40 shows. Hoje, eles se apresentam mais uma vez, ao lado das também brasilienses Koppa e Ameno. O evento começa às 19h, no O’Rilley (409 Sul.

Para o futuro, a banda promete montar uma agenda de shows no território nacional. “O que a gente mais quer é rodar o Brasil e conhecer nossos fãs”, garante Múcio. “Queremos levar o que a gente é de verdade para essas pessoas que nos apoiam tanto”, finaliza João.

Serviço

Doce, com Koppa, Ameno e Lupa

Hoje, no O’Rilley (409 Sul). A partir das 19h. Ingressos vendidos na hora por R$ 30. Mais informações: 3244-2424. Não recomendado para menores de 18 anos.

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