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Cinema

Saudades da telona? Infectologistas explicam como se cuidar quando for ao cinema

Uma das opções que tem conquistado mais adeptos é o cinema ao ar livre. Brasília tem o mais tradicional do gênero: o Cine Drive-in, que tem 47 anos de história

Redação Jornal de Brasília

08/05/2021 8h45

Há quanto tempo você não vai ao cinema? Fora a experiência de estar diante da telona, há filmes que não estão em nenhuma plataforma de streaming para assistir na telinha. Diante da vontade de voltar a uma sessão de cinema com aquele cheiro de pipoca, resta-nos procurar a maior segurança possível nesses dias de pandemia.

Uma das opções que tem conquistado mais adeptos é o cinema ao ar livre. Brasília tem o mais tradicional do gênero: o Cine Drive-in, que tem 47 anos de história.

A questão da segurança é uma característica importante a ser observada neste tipo de cinema. Uma das vantagens é que o cine drive-in possibilita risco reduzido de transmissão.

De acordo com o virologista da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Eduardo Flores, se cada pessoa estiver com suas devidas máscaras, realizar o distanciamento adequado e dentro dos carros, o risco é zero. “(O risco é reduzido) Se forem pessoas do mesmo círculo familiar e se já convivem na mesma casa”, enfatiza.

Ainda segundo o especialista, há menor risco de transmissão no cinema a céu aberto porque o ar é constantemente renovado. Não é um ar saturado. “No cinema fechado, se alguém estiver testando positivo, pela fala, tosse ou respiração, pode excretar o vírus que fica circulando em microgotículas”, esclarece.

O Cine Drive-in se localiza no centro de Brasília, na Asa Norte, foi inaugurado em 1973 e tem capacidade para acomodar 400 veículos no estacionamento.

Frequentadora habitual do cinema, a estudante de letras Beatriz Guedes, de 22 anos, afirma que opta pelo Drive-in pela privacidade que o local oferece. “Há uma maior liberdade para conversar, dar gargalhada, sem precisar se preocupar com pessoas ao lado se farão “shh” pra você”, explica.

Ar condicionado

Nos cinemas fechados (em Brasília, a maioria em shoppings), vale lembrar que o ar condicionado faz parte dos cinemas tradicionais, e para que não represente um risco, é necessário ter um sistema de troca de ar.

O pesquisador e infectologista da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Alexandre Schwarzbold, explica que a presença do filtro HEPA é capaz de realizar alta filtração de partículas. “No geral, em ambientes fechados ainda existe um maior risco”, complementa. Por isso, frequentadores devem tirar a dúvida (de como ocorre a filtragem do ar) com os responsáveis pelo local antes de comprar o ingresso.

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