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Cinema

“Não olhe para cima”: o filme é considerado o “reflexo da cultura do abstrato, e não a manipulação da verdade” segundo neurocientista

Segundo o Dr. Fabiano de Abreu, PhD neurocientista, mostra como o mundo dividido entre o que é real e virtual pode explicar as teorias apresentadas no filme.

Redação Jornal de Brasília

07/01/2022 12h42

Segundo o Dr. Fabiano de Abreu, PhD neurocientista, mostra como o mundo dividido entre o que é real e virtual pode explicar as teorias apresentadas no filme.

Foto/Reprodução

“Não olhe para cima” é o novo lançamento de sucesso da Netflix. O filme vem despertando a atenção e curiosidade de vários espectadores devido aos artistas e dos conteúdos apresentados. 

Com um elenco cheio de estrelas, entre eles Meryl Streep, Jennifer Lawrence, Leonardo DiCaprio, Tyler Perry, Jonah Hill, Cate Blanchett, Timothée Chalamet e Rob Morgan, o longa conta também com participações especiais da cantora Ariana Grande e do rapper Kid Cudi. Todos, juntos, sob a direção de Adam McKay, trazem ao público uma visão de como, em um mundo com tantas fontes de informações, a verdade pode ser contada de diversas maneiras.

A produção do filme apresenta personagens fictícios demonstrando o egoísmo e futilidade dos interesses da massa. Além de revelar como a verdade pode ser alterada, principalmente quando os líderes de uma nação colocam seus interesses acima de tudo. 

O filme na opinião de um especialista

Segundo o neurocientista Dr. Fabiano, “a questão principal não é a facilidade em manipular, como muita gente acredita que o filme revela, mas sim a cultura do abstrato. Vivemos numa era onde a realidade se confunde entre o real e o virtual. Também estamos passando por uma falta de fé, que tem relação com esta era virtual, já que tudo se tornou questionável” afirma.

“A futilidade advém de um narcisismo impregnado na atual sociedade, reflexo dos efeitos da rede social, onde por trás de uma tela, o ser humano potencializou o narcisismo instintivo transformando-o em algo abstrato já que ninguém é soberano até que se apresente alguém imortal, ou seja, não existe. Na vida, assim como o equilíbrio é praxe, também é a semântica. O virtual é abstrato e com ele nossa vida está a se tornar fantasiosa” acrescentou o especialista.

De acordo com o PhD, neurocientista, psicanalista, biólogo e antropólogo, os políticos ganaciosos e extravagantes que estão no filme apresentam uma percepção de como se pode votade de forma incoerente. Ele ainda diz que o longa mostra uma sociedade vazia sem uma cognição desenvolvida para perceber que aqueles políticos são uma fraude. 

O novo sucesso “Não olhe para cima”, para quem ainda não assistiu, aborda a guerra contra a ciência promovida por um grupo de empresários que elegem os políticos “marionetes” com interesses egoístas prejudiciais ao bem-estar mundial.

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