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Cinema

Das cavernas para os cinemas: “Os Croods 2: Uma Nova Era” estreia nas telonas do Brasil

O filme “Os Croods 2: Uma Nova Era” é a continuação do longa de 2013 indicado ao Oscar de Melhor Animação, e chega aos cinemas nesta quinta-feira (1º) para fazer a alegria das crianças

Redação Jornal de Brasília

01/07/2021 19h31

O filme “Os Croods 2: Uma Nova Era” é a continuação do longa de 2013 indicado ao Oscar de Melhor Animação, e chega aos cinemas nesta quinta-feira (1º) para fazer a alegria das crianças. A obra dirigida por Joel Crawford e produzida pela Universal Pictures traz novamente a família Crood, que busca um lugar melhor para viver, porém, ao encontrar tal local, se depara com uma nova família, os Bemelhores, que se mostram mais desenvolvidos do que o grupo de Grug e Eep. Conforme interagem, a família das cavernas e a família moderna protagonizam atritos entre os dois lados, mas se vêem na necessidade de trabalharem juntos para superar uma nova ameaça que os coloca em risco.

Apesar da trama se mostrar mais complexa que a do primeiro filme, que consiste majoritariamente na união do grupo para escapar do que eles acreditavam ser o fim do mundo e superarem seus medos, “Os Croods 2” continua apresentando sua principal mensagem: o valor da família. Muito mais unidos do que no longa anterior, Grug encontra um lugar seguro e repleto de alimento para sustentar sua família, e acredita que essa seja a solução para seu maior medo, que é Eep e Guy o deixarem para criarem um bando só deles.

Ao se deparar com Ben Bemelhor e sua família, o patriarca dos Croods tem de lidar com uma versão quase oposta dele, mas percebe que também existem várias semelhanças entre os dois, principalmente o cuidado e carinho por seus respectivos parentes. O mesmo se repete entre as mães de cada lado, Ugga e Esperança, e as filhas Eep e Aurora, que são muito parecidas, mesmo que de início não pareçam ser. Guy, um dos protagonistas do primeiro filme, serve como um motivador para as ações, mas não repete a importância que teve na obra de 2013. Por fim, Vovó, Thunk, Sandy e os animais possuem papel de alívio cômico, e o executam com maestria. Todos os personagens recebem um momento de tela onde apresentam um desenvolvimento pessoal, cada um de sua própria maneira, e esse é um dos grandes acertos do filme.

O momento de encontro entre os Croods e os Bemelhor (Imagem: DreamWorks/Divulgação)

A dublagem original, em inglês, conta com um elenco estrelado, composto por Nicolas Cage (Motoqueiro Fantasma), Emma Stone (La La Land), Ryan Reynolds (Deadpool) e Peter Dinklage (Game of Thrones). A versão brasileira, realizada pelo estúdio Delart, tem Juliana Paes (A Dona do Pedaço) e Rodrigo Lombardi (Carcereiros), além de nomes renomados da dublagem nacional, como Luísa Palomanes e Raphael Rossatto.

Pontos Positivos

A história da família Crood e Bemelhor traz uma variedade de características dos personagens, que possibilitam que o público se identifique com alguns deles, seja o pai protetor, a mãe coruja, a filha rebelde e aventureira, o garoto descolado, o filho preguiçoso e desleixado, a criança serelepe, a avó radical, ou até mesmo os animais, que conquistam pela fofura, como é o caso de Braço, Braça, Fofucho e Douglas.

Como citado anteriormente, todos os personagens têm um momento próprio de crescimento, então não ficam inteiramente esquecidos na história. Mesmo com uns sendo mais relevantes que outros, nenhum deles passa a sensação de que está no enredo apenas para fazer número, e sim que cada um tem sua própria importância dentro do cenário vivido.

O filme aproveita a imaginação e utiliza bem o contraste entre elementos da era antiga com os da era moderna, como a janela que representa a televisão e prende a atenção dos jovens, e assim consegue fazer críticas sociais de maneira leve e sutil. Somado a isso, a mistura entre as espécies de animais, como os loboaranhas, protagonizam momentos em que as crianças irão adorar.

A família Crood (Imagem: DreamWorks/Divulgação)

A conferir

Mesmo com o roteiro mais encorpado do que o primeiro filme, alguns assuntos parecem ser pontas soltas em meio à obra. Logo de início, a primeira cena do longa aborda sobre o passado de Guy, porém o tema logo é esquecido e não passa daquela breve representação. Na sequência, o próprio Guy parece que irá continuar em foco, mas desta vez com seu romance com Eep e a pretensão dos dois em irem para um lugar só deles, novamente para ser uma trama deixada de lado e recuperada apenas nos últimos minutos do filme.

De tal forma, a obra em si não foge de desfechos óbvios, não traz nenhum momento marcante, e se mostra como mais um filme que será esquecido poucas semanas após seu lançamento, mais do mesmo.

Novidades?

Lançando no Brasil 8 anos após o primeiro filme, “Os Crood 2: Uma Nova Era” não é uma animação que revoluciona o cinema, sequer chega perto disso. A continuação talvez não fosse necessária, já que a obra de 2013 contém um encerramento satisfatório, porém, o novo longa entrega o que dele se espera: risadas, personagens que encantam as crianças e uma lição moral que reforça a importância da relação entre familiares e de respeitar as diferenças. Com animações e cores bem feitas, o filme prende bem o público durante seus pouco mais de 90 minutos de duração, e, mesmo com os tradicionais clichês, cumpre sua trama de maneira alegre e divertida. 

Assim sendo, nem toda animação precisa ser inovadora a ponto de reinventar a roda, e por isso “Os Croods 2: Uma Nova Era” se apresenta como um bom filme e que trará a felicidade da criançada, ao mesmo tempo que irá arrancar sorrisos dos mais velhos, seja pelas piadas ou pela identificação com certas cenas.

Guy e seu bicho-preguiça, Braço, são dois dos personagens mais queridos do filme (Imagens: DreamWorks/Divulgação)

Ficha técnica

Elenco: Nicolas Cage (Grug Crood), Emma Stone (Eep Crood), Ryan Reynolds (Guy), Peter Dinklage (Ben Bemelhor), Leslie Mann (Esperança Bemelhor), Kelly Marie Tran (Aurora Bemelhor), Catherine Keener (Ugga Crood), Clark Duke (Thunk Crood), Kailey Crawford (Sandy Crood), Cloris Leachman (Vovó Crood), Chris Sanders (Braço) e James Ryan (Braça)

Roteiro: Kevin Hageman, Dan Hageman, Paul Fisher e Bob Logan

Direção: Joel Crawford

Duração: 1 hora e 35 minutos

Por Arthur Ribeiro* / AGÊNCIA DE NOTÍCIAS UNICEUB
* Assistiu à pré-estreia a convite da Espaço/Z

Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

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