Rituais envolvendo sangue, sacrifícios humanos e culto ao Diabo. São muitas as suposições difundidas a respeito do Satanismo. Elas, no entanto, raramente correspondem à realidade. Fundada em 1966, na Califórnia (EUA), a ideologia possui sede física, mandamentos e bíblia, mas está longe de ser uma religião.
Apesar do estigma que o rótulo implica, algumas celebridades assumiram ser satanistas e falam sobre o assunto publicamente. Outros, no entanto, são associados à ideologia por causa do seu estilo de vida.
“As pessoas são incentivadas a viverem um tipo de independência e cuidado a si próprio. Não tem a ver com praticar o mal. Pelo contrário, tem a ver com liberdade. Por exemplo, se você tem dinheiro e quer um carro, o Satanismo diz que você deve comprar e não doar a quantia aos pobres”, explica Ana Beatriz Dias Pinto, doutora em Teologia, especialista em cultura religiosa e professora na PUC-PR.
Criada por Anton LaVey, a Igreja Satânica não cultua a Satã, nem mesmo adora a um Deus. O objetivo, por trás do nome chamativo, é pensar em si mesmo. A ideologia apenas leva esse nome [satânico] como ironia à Igreja Católica, que em meados de 1960 vivia um momento de pressão devido ao avanço da indústria cultural e a popularização dos métodos contraceptivos.
Confira quem são os satanistas famosos:
Marilyn Manson
Em sua autobiografia, publicada em 1998, o cantor afirma que o fundador do satanismo, Anton LaVey, o certificou como “ministro da igreja de Satã”, em 1994, durante uma turnê com o Nine Inch Nails.
Vicky Vanilla
O produtor de conteúdo, que também atua como drag queen, é autoproclamado “satanista luciferiano”. No Tiktok, onde fala sobre o assunto, ele reúne quase 710 mil seguidores.
Peter Howard Gilmore
O músico e escritor é o atual Sumo Sacerdote da Igreja Satânica criada por Anton LaVey. Ele foi escalado ao cargo em 2001 por Blanche Barton.
Paul McCartney
Existem rumores que ligam o ex-Beatle ao Satanismo. No entanto, o cantor nunca assumiu sua ligação com a ideologia de Anton LaVey. As teorias a respeito do assunto surgiram em 1968, quando Paul cantou a frase “Me excite, homem morto” na música ‘Revolution 9’, do ‘The White Album’.
Madonna
Figura controversa, Madonna sempre brincou com símbolos do cristianismo. Em 2009, a situação esquentou quando ela levou seu show para a cidade de Varsóvia, na Polônia, no mesmo dia de uma importante festa católica. O então presidente do país, Lech Walesa, não gostou da situação e a acusou de ser satanista. Apesar da declaração do político, Madonna nunca assumiu seguir a ideologia de LaVey.