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Especialista fala sobre alternativas para o tratamento do TDHA

Colaborador JBr

15/02/2017 15h28

O TDAH é um transtorno neurobiológico caracterizado pela desatenção, hiperatividade e, ou impulsividade. Os sintomas podem ser identificados ainda na infância, sendo o diagnóstico, geralmente, demandado primeiramente pela escola em função dos impactos que o transtorno tende a trazer para a aprendizagem da criança. A docente de Psicologia do Centro Universitário Estácio de Brasília, Helen Lima explica como entender o transtorno e também outras alternativas para o tratamento.
Como diagnosticar o TDAH

O transtorno pode se manifestar de formas diferentes, sendo, portanto, classificado em três tipos: o predominantemente desatento, o predominante hiperativo e o tipo combinado, desatento e hiperativo. A criança do tipo desatenta,tende a ser apática, sem agitação motora, com dificuldades de manutenção da atenção, é aquela que parece estar “no mundo da lua”.

A hiperativa, ao contrário, é muito ativa, apresenta intensa agitação motora, não consegue controlar seus impulsos e comportamentos. No entanto, apesar desta intensa agitação, não há o comprometimento da atenção. Há, ainda, a criança que apresenta ambos os sintomas, tanto a hiperatividade quanto a dificuldade de atenção.

Qualquer um dos casos acima descritos favorece a emergência de comprometimentos de ordem social e emocional. Em geral, muitas das pessoas que a cercam tem dificuldade em compreendê-la, o que pode acarretar em prejuízos em sua autoestima e autoimagem .

Vale ressaltar que o TDAH não pode ser confundido com falta de limites ou de disciplina, o que se caracterizaria por uma condição de desenvolvimento diferente.

Tratamento medicamentoso

Os efeitos da medicação, indicada para o tratamento devem ser cuidadosamente analisados. A Ritalina (medicação mais conhecida e prescrita) altera o funcionamento do sistema neurológico, o que para os pequenos que ainda estão em fase de desenvolvimento, pode ser prejudicial.

Por outro lado, às vezes, a medicação é imprescindível para uma melhora no comportamento da criança e, mesmo, em suas habilidades de atenção e autocontrole e, consequentemente, para a sua aprendizagem.Assim, é imprescindível avaliar a relação custo-benefício e pensar qual é a melhor opção para a intervenção com a criança.

Outras opções

Como alternativas para ajudar esta criança, algumas estratégias podem ser desenvolvidas, como o uso de lembretes e de agendas, a organização da rotina doméstica e escolar. Também a orientação de um profissional habilitado nas áreas de psicologia e/ou educação pode contribuir para ajudar a família e escola a desenvolver as melhores estratégias de intervenção.

A psicoterapia é uma boa alternativa para trabalhar o autoconhecimento, a autoconfiança e questões afins. Para os hiperativos, as atividades físicas também são aconselhadas, pois podem promover a canalização de sua energia e atividade motora para fins que lhe favoreçam o desenvolvimento.

Os professores também precisam ter conhecimentos que lhe permitam o uso de recursos e ferramentas para trabalhar com as crianças, desenvolvendo práticas educacionais que otimizem o desempenho escolar, conclui a psicóloga.

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