Vítor Mendonça e Willian Matos
[email protected]
O Sindicato dos Professores da Entidades de Ensino Particulares (Sinproep-DF) promete recorrer da decisão que autoriza a retomada das aulas presenciais em instituições particulares a partir desta quarta-feira (5). Na terça (4), a Justiça do DF decidiu pela volta imediata. Agora, cabe ao Governo do Distrito Federal (GDF) marcar a data do retorno.
Para o diretor jurídico do Sinproep, Rodrigo de Paula, a juíza Adriana Zveiter, da 6ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho 10ª Região (TRT-10), “caiu em contradição”. Isso porque, na segunda (3), o Sinproep, o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Sindicato Estabelecimentos Particulares de Ensino do DF (Sinepe-DF) elaboraram um cronograma de retorno escalonado, e a Justiça ignorou este projeto ao optar pelo retorno total já nesta quarta (5).
“A própria juíza caiu em contradição, uma vez que nós construímos uma proposta de forma escalonada, e o GDF disse que não teria problema, que ela poderia decidir. Mas ela decide um retorno imediato, contrário a todo o encaminhamento da reunião que ela mesma organizou”, declarou Rodrigo de Paula ao Jornal de Brasília.
Agora, o Sinproep quer recorrer para manter o cronograma de retorno escalonado . Esta volta se daria em três semanas, da seguinte forma:
- Ensino Médio e cursos profissionalizantes retornariam no dia 10 de agosto;
- Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) retornaria no dia 17 de agosto;
- Ensino Fundamental I (1º ao 5º ano) e Infantil retornariam no dia 24 de agosto.
Sinepe
Em vídeo, o presidente do Sinepe, Álvaro Domingues, afirmou que recebeu a decisão da juíza do Tribunal Regional do Trabalho 10ª Região (TRT-10), Adriana Zveiter, com serenidade, e que isso trará tranquilidade e previsibilidade para que o calendário letivo seja replanejado e finalizado até o final do ano.
Escolas públicas
A discussão envolvendo Sinproep, Sinepe, MPT e Justiça do DF é exclusivamente sobre as instituições privadas de ensino. Quanto às escolas públicas, o GDF decidiu retomar as aulas presenciais no dia 31 de agosto. O Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF) promete ir à Justiça caso o Executivo não volte atrás na decisão.