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Brasília

PF investiga pagamento de propina a diretores e ex-diretores do BRB

Arquivo Geral

29/01/2019 9h48

Foto: Raianne Cordeiro/Jornal de Brasília

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (29) operação que investiga suposto esquema de pagamento de propinas de R$ 16,5 milhões a diretores e ex-diretores do Banco de Brasília (BRB), em troca de investimentos em projetos como o do extinto Trump Hotel, no Rio de Janeiro, atualmente conhecido como LSH Lifestyle.

Os mandados de prisão e de busca e apreensão miram dirigentes atuais e já afastados do BRB, expedidos pela 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília. Entre os investigados estão o presidente licenciado do BRB, Vasco Cunha Gonçalves, e os diretores Financeiro e de Relações com Investidores, Nilban de Melo Júnior, e de Serviços e Produtos, Marco Aurélio Monteiro de Castro. Os três são alvo de mandados de prisão.

A operação, batizada de Circus Maximus, também mira Diogo Cuoco e Adriana Cuoco, respectivamente filho e nora do ator Francisco Cuoco. Eles são suspeitos de lavar dinheiro para o esquema. Outro alvo é Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, neto do general João Baptista Figueiredo, último presidente do Brasil durante a ditadura militar.

Subornos foram pagos a dirigentes do BRB para que eles liberassem recursos de fundos de pensão de estatais e de órgãos públicos, administrados pelo banco, e da própria instituição financeira para os projetos que davam prejuízo e não passavam por análise técnica adequada, entre eles o do hotel.

Governo Rollemberg

O esquema teria começado em 2012 e passado por reestruturação em 2015, sob o comando do chefe do Conselho de Administração do BRB, Ricardo Leal, que foi tesoureiro na campanha de Rodrigo Rollemberg nas eleições de 2014 para o Palácio do Buriti, e que nomeou parte dos dirigentes do BRB envolvidos na investigação.

Conforme o apurado, houve pagamentos indevidos para liberar, via BRB, recursos do Instituto de Gestão Previdenciária de Tocantins (Igeprev-TO), do Regime de Previdência Social do município de Santos, do Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul (IPERGS) e de fundos próprios do BRB, entre outros.

De acordo com a publicação da Folha, o documento sustenta que as propinas eram pagas por meio de entregas de quantias em espécie e com emissão de notas fiscais frias por empresas que simulavam serviços para justificar as saídas dos recursos das empresas pagantes. Uma delas era a Globomix Servicos de Concretagem, de Diogo Cuoco.

A operação se baseia nas delações premiadas de executivos da Odebrecht, do corretor Lúcio Bolonha Funaro, operador de propinas para o MDB, e do empresário Ricardo Siqueira Rodrigues. Este último montou, em sociedade com Paulo Renato, o Fundo de Investimento em Participações (FIP) LSH para captar dinheiro para o hotel. (Com informações da PF e da Folha)

 

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