Um grupo especializado no “golpe do protesto” amanheceu na mira da Polícia Civil (PCDF) na manhã desta quarta-feira (11). São cumpridos oito mandados de prisão temporária e nove de busca e apreensão na zona norte de São Paulo-SP.
Para auxiliar a PCDF, a Polícia Civil de São Paulo designou 46 agentes que atuaram no cumprimento dos mandados.
Segundo investigações, o grupo tem anos de atuação. Desde 2014, eles agem sob o seguinte modus operandi:
Ligam para uma pessoa física ou jurídica para falar sobre um título protestado ou em fase de protesto em cartório;
Identificam-se como funcionários;
Convencem a vítima a depositar valores em conta corrente de um falso tabelião (profissionais que prepara/autentica documentos);
Prometem à vítima que as dívidas seriam quitadas e que o seu nome ou nome de sua empresa não seria incluído em serviços de proteção ao crédito;
Consumam o golpe assim que a vítima confia na falsa promessa e deposita os valores na conta corrente informada;
Abaixo, áudios de algumas ligações do grupo. Ouça:
Só no DF, o grupo fez, pelo menos, 81 vítimas. Investigações apontam que eles também atuavam nos estados de Goiás e do Mato Grosso do Sul. De 2014 para cá, eles levantaram R$ 4 milhões de reais com os golpes.
Sobre protestos em cartório
O protesto em cartório é registrado quando uma pessoa e/ou empresa não realiza o pagamento de um título (cheque, contratos, notas promissórias etc). Com a dívida em aberto, o credor protesta, em cartório, o valor a ser recebido.