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Brasília

Lúcia Osório: a “princesinha” da melhor idade

Brasília, que também está próxima de completar 60 anos, tem mais de 300 mil habitantes idosos. Ela se dedica a eles.

Redação Jornal de Brasília

26/02/2020 5h32

Luís Turiba
Especial para o Jornal de Brasília

O que Brasília – em especial a Asa Sul – tem em comum com Copacabana, a princesinha do mar? Certamente não são suas ondas, nem as do mar e muito menos aquelas que ondulam a charmosa calçada do bairro carioca.

O que une esses dois aglomerados humanos/urbanos é o número de idosos entre seus moradores. Copa é conhecida como o bairro dos velhinhos e dos aposentados. Há, inclusive, a nelsonrodrigueana figura do “homem de sunga”.

E todos curtem muito bem à vida: vão à praia, jogam dama e xadrez nas praças, passeiam bastante, cantam e dançam como jovens na maturidade.

E Brasília, que completa em abril próximo 60 anos da sua fundação – 21 de abril de 1960 – possui uma respeitosa população madura, gozando de boas aposentadorias, com filhos criados e netos correndo pelos gramados e pilotis do Plano Piloto.

Um recente censo do IBGE estima que a população idosa no DF está em torno de 304 mil habitantes no Plano Piloto, ou seja: 10,5 % do total de brasilienses. Deste total, 57,9 % são de mulheres e 42,1 % de homens. É considerada a maior expectativa de vida do país – acima dos 80 anos.

Mas como os idosos(as) de Brasília não tem à disposição “uma princesinha do mar” para levar a vida; uma dessas senhoras da “melhor idade” percebeu que essa turma sente falta de locais seguros e com acessibilidade onde possam curtir horas agradáveis e alegres ouvindo boa música (ao vivo de preferência) que relembre a sua juventude.

Trata-se da sexagenária Lúcia Osório, enfermeira aposentada com mais de 20 anos de serviço prestados ao Hospital das Forças Armadas (HFA), com Curso de Cuidadora de Idosos e Pós Graduada em Administração e em Gerontologia. Lúcia, além de ser animada, também tem Curso de Eventos. Eis uma boa razão para que ela viva inventando e produzindo bailes, encontros, passeios, concursos de dança, karaokê e outras atividades supimpas. Tudo para a chamada Terceira Idade, ou seja: pessoas acima dos 60 anos.

Baseada em sua experiência pessoal e com grande amor a esta faixa etária “muitas vezes esquecida”, ela resolveu criar uma empresa destinada a este público: a “ConVida” que trabalha com idosos do Plano Piloto.

“Levamos e acompanhamos idosos a eventos, consultas exames, passeios, etc”, explica. Afinal, todo idoso é um jovem que deu certo.

Uma de suas invenções para os brasilienses da sua faixa etária chama-se “Clássicos: Uma tarde de Recordações”, onde diversos grupos reúnem-se com alguns objetivos entre os quais: reencontrar os amigos perdidos ao longo da vida e fazer novas amizades. Nestes encontros. Lúcia Osório alia a música (lembranças) com a dança (atividade física).

Os idosos adoram. Nos “Clássicos” eles curtem, se divertem, cantam e dançam à vontade. Músicos, animadores e cantores ocupam os espaços com emprego e renda. E o que é melhor: ninguém sente saudade de Copacabana.

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