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Brasília

Polícia trabalha com tese de homicídio na morte da estudante Jéssica

Arquivo Geral

14/06/2016 23h09

Atualizada 15/06/2016 19h51

Reprodução/Facebook

Com informações de Manuela Rolim e Altieres Losan

Jéssica Leite César, a estudante de jornalismo morta na tarde de terça-feira (14), em Taguatinga, pode ter sido vítima de um homicídio, e não de um latrocínio, como se chegou a afirmar inicialmente.

Em coletiva realizada, na manhã desta quarta-feira (15), a Polícia Civil afirmou que o fato de ela ter sido atingida por uma única facada em um ponto vital e de apenas seu celular ter sido levado, sendo a mochila com dinheiro abandonada no local, chamam a atenção. As duas hipóteses são consideradas pelos investigadores, bem como a possibilidade de o assassino ser conhecido da vítima.

A polícia ainda desmentiu a versão de que o crime teria sido cometido por uma dupla. O casal, que testemunhas viram lavar as mãos na igreja próxima de onde o fato ocorreu, entrou no estabelecimento por volta das 15h e neste horário a jovem ainda estaria em casa.

Até o momento, nenhuma testemunha efetiva do crime foi localizada. As investigações continuam em andamento e câmeras de segurança de estabelecimentos próximos ao local em que o crime aconteceu estão sendo analisadas para auxiliar no processo.

Leia mais: Emocionados, amigos e familiares se reúnem para se despedir de Jéssica

Josemar Gonçalves

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Entenda o caso

Ela provavelmente reagiu. Mais uma vez. Jéssica Leite César já tinha sido assaltada antes. Nesta terça (14), no entanto, a futura jornalista de 20 anos, por causa de um celular, perdeu o que tinha de maior valor: a vida. Jéssica foi esfaqueada no peito atrás de uma igreja na QNL 21/23, por volta das 15h30.

Segundo testemunhas, a vítima estava a caminho da faculdade quando foi abordada. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o socorro foi chamado por volta 17h, mas Jéssica não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

Segundo a Polícia Militar, um casal teria sido o autor do crime. Um dos suspeitos teria estatura baixa, seria de cor branca e estaria usando uma bermuda clara. Testemunhas disseram ter visto um dos autores entrando na igreja em frente para lavar as mãos. O caso foi registrado na 17ª DP (Taguatinga Norte). Até às 23h, ninguém havia sido preso.

Comoção

Josemar Gonçalves

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Jéssica era aluna da Universidade Católica e morava com o irmão mais novo e a mãe na QNL 19. À noite, em frente à casa da família, amigos lamentavam a tragédia. “Uma vez, ela foi assaltada aqui perto e também reagiu. Dizia que ia fazer isso sempre que precisasse. Não duvido que tenha feito de novo”, lamentou um vizinho da vítima, o estudante Lucas Lopes, 20.

Outro amigo ressaltou a alegria dela. “Jéssica era muito comunicativa. Fazia amizade fácil. Sonhava em ser jornalista e comprar uma Kombi. Gostava de reunir os amigos o tempo todo. Era uma menina do bem, amada por todos, vai deixar muita saudade. Estamos todos chocados. A mãe dela está passada”, disse um colega de infância.

Reprodução/Facebook

Reprodução/Facebook

Nas redes sociais, o crime causou uma comoção. Professores e amigos da faculdade utilizaram a internet para se despedir da estudante e demonstrar indignação pelo ocorrido. “A Jéssica era uma pessoa muito alto astral e carismática. Todos estão chocados. Ela era conhecida pelo jeito animado de ser”, disse a colega de curso Larissa Fernanda de Souza, 21.

Saiba mais

Na 17ª DP, local que investiga a morte de Jéssica, outras vítimas da violência em Taguatinga registravam ocorrência. Uma delas, uma adolescente de 17 anos, foi assaltada quando voltava do trabalho no dia anterior. Ela teve sua bolsa arrancada. Segundo o irmão da menina, ela está traumatizada e não consegue mais andar sozinha na rua.

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