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Brasília

HRT faz implante inédito de esfíncter uretral

Antes do HRT, apenas os hospitais de Base e Regional da Asa Norte (Hran) já haviam realizado a cirurgia

Willian Matos

03/12/2019 11h27

Foto: Agência Brasília

Da redação
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Pela primeira vez, o Hospital Regional de Taguatinga (HRT) realizou no mês de novembro duas cirurgias de implante de esfíncter uretral. O procedimento é resultado de uma mudança na rede pública de saúde do Distrito Federal: a Saúde-DF passou a realizar a intervenção regularmente em 2019. Antes, só pacientes que viabilizavam junto à Justiça conseguiam a prótese.

O médico Fernando Melo Froes da Fonseca comemora as cirurgias.  “Agora, conseguimos fazer um abastecimento regular deste material na Secretaria de Saúde. Antes tinha de fazer um processo de compra para cada paciente judicializado, o que gerava custo processual para a Secretaria e dificultava o acesso do paciente, que demorava para receber a prótese”, justifica o especialista.

Antes do HRT, apenas os hospitais de Base e Regional da Asa Norte (Hran) já haviam realizado a cirurgia.

O primeiro a receber o aparelho foi o paciente João Baldoino de Camargos, 65 anos, que possuía incontinência urinária grave, resquício de uma prostatectomia radical realizada há três anos. “Conseguir esse esfíncter foi mais demorado. Eu procurei a defensoria pública do DF e, depois, a federal. Foi assim que eu consegui. Agora, terei mais qualidade de vida. Viver com incontinência é difícil”, relatou o ex-motorista de cargas.

Pouco antes da cirurgia, João aparentava muita calma e satisfação. “Aqui, eu não tenho do que reclamar. O atendimento é muito bom”, insistia. Ele estava acompanhado da esposa, Maria Nicolina Camargos.

Foto: Divulgação/Saúde-DF

Prevenção

O paciente João Baldoino conta que só descobriu que tinha câncer de próstata porque foi ao médico da unidade de saúde para fazer um check-up de rotina. E deixa um recado a todos os homens.

“Eu acho que o brasileiro deveria fazer prevenção todo ano, principalmente depois dos 50. Eu descobri o câncer na próstata porque fui fazer um check-up e, por coincidência, apareceu o início. Fiz a biópsia e a cirurgia”, revelou.

João Baldoino faz uma comparação: “As mulheres vão ao médico todo mês, mas os homens não. É preciso prevenir para evitar problemas mais graves”. 

Em até 60 dias o paciente deve retornar ao hospital para a consulta de acompanhamento. Só então aprenderá a usar o aparelho implantado.

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