A Polícia Civil (PCDF) realiza, na manhã desta sexta-feira (28), a segunda fase de uma operação que mira um grupo suspeito de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. Os suspeitos estariam cometendo a lavagem através de empresas de variados ramos e de compras e vendas de imóveis e carros de luxo.
Na primeira fase da operação, em julho, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão. Nesta sexta (28), são cumpridos mais 10 em várias regiões: Ceilândia, Park Way, Águas Claras, Vicente Pires, Taguatinga, Ceilândia e Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). Um dos mandados é cumprido em uma empresa de revenda de carros de luxo.
A segunda fase se desencadeou após análise do conteúdo apreendido na primeira. Os dados mostram que há outros suspeitos envolvidos nas práticas criminosas. Agora, o objetivo é aprofundar ainda mais as investigações.
Até o momento, foram apreendidos veículos, dinheiro em espécie e duas armas de fogo. Não houve prisão em flagrante.
Segundo apurações das autoridades, um grupo empresarial composto por parentes estaria usando “laranjas” como sócios para ocultar o patrimônio familiar. Os acusados colocavam estas pessoas como sócias em empresas que estavam com dívidas tributárias elevadas. Os laranjas, então, finalizavam as empresas.
O grupo ainda usava como sócios parentes que moram no exterior, para impedir investigações fiscal, cível e penal e blindar o patrimônio. Com os valores ocultos, os acusados adquiriam carros e lotes em condomínios irregulares. Suspeita-se que a dívida tributária das empresas ultrapasse os R$ 5 milhões.
Além da PCDF, atuam na operação o Ministério Público (MPDFT) e a Receita Federal.
Os delegados Leonardo de Castro e Marcos Paulo Costa, da Cecor, falam sobre a operação: