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Brasília

“Garantia de diversidade é ainda desafio”, diz pesquisadora finlandesa

Sair Miettinenn alerta sobre dar voz a aqueles que geralmente não são ouvidos

Redação Jornal de Brasília

07/09/2020 11h16

Foto: Banco de Imagens

Por Nathália Guimarães e Rayssa Loreen
Jornal de Brasília/ Agência UniCeub

A garantia da diversidade e a luta contra a LGBTfobia fazem parte da realidade também da Finlândia, um dos países de melhor qualidade de vida do mundo e também um das principais referências da área de educação, segundo a pesquisadora Sari Miettinenn, que estuda o tema em programa de doutorado na Universidade de Turku, naquele país.

Ela estuda e trabalha desde 2011 em vários projetos de pesquisa na Finland Futures Research Centre (FFRC).  Suas iniciativas são voltadas para educação e construção de métodos que irão garantir a equalidade entre os gêneros, além de uma série de trabalhos que envolvem a LGBTfobia.

Ela foi uma das palestrantes da última sexta-feira do Primeiro Congresso On-line “Mulheres Eternas”, realizado durante toda a semana passada.

Saiba mais sobre a proposta do evento

A pesquisadora acentuou que é necessário conhecimento teórico e prático sobre o papel que o futuro desempenha em nossas vidas. “como podemos pensar no futuro  e como promover a igualdade e a diversidade?”. Sari Miettinenn alega que, apesar da promoção da igualdade de gênero ser considerada importante na Finlândia, ainda existem muitos obstáculos a serem superados.

Colocando ainda mais em foco a questão do futuro melhor e as várias possibilidades existentes, Sari alerta sobre como é importante validar as experiências das pessoas que trabalham em conjunto com diferentes pessoas, e dar voz a aqueles que geralmente não são ouvidos. “Isso não acontece automaticamente, mas precisa ser um ato consciente” explica.

Arte brasiliense

O evento contou ainda com a palestra da cineasta Tânia Fontenele, autora do filme Poeira e Batom: Memórias Femininas da Construção de Brasília, um documentário que conta a história de 50 mulheres pioneiras durante esse período.

A palestrante comentou, ainda, sobre a importância que todas elas tiveram nesse momento da história, mas que os homens sempre ganhavam mais destaque. “Tinham visibilidade discreta. Muito se falava sobre o presidente, os engenheiros, Niemeyer, Lúcio Costa e sobre os candangos. No entanto, as mulheres eram pouco citadas”, explica. Para Tânia, as novas pioneiras de Brasília são aquelas que não se calam e mostram resistência diante a atual realidade.

A palestrante diz ter sido um privilégio contar a história da Capital pelo olhar das mulheres pioneiras, em prol da diversidade, já que os homens eram sempre colocados em posição de mais importância

O documentário Poeira e Batom: Memórias Femininas da Construção de Brasília está disponível aqui: https://youtu.be/9rxJUc8kbSk

Leia reportagem sobre o filme

Ainda no evento, a ativista homenageada Duda Mendonça falou sobre a importância da arte na vida dela e como foi todo o processo de resistência e luta durante sua vida. O artista visual Manu Militão apresentou, ao final da live, os desenhos que ele fez de todas as participantes do Painel.

Os vídeos do evento estão disponibilizados no link: https://www.youtube.com/c/ArtManuMilitão

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