Da redação
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O Distrito Federal registrou, nesta quinta-feira (26), o 23º caso de feminicídio em 2019. Queila Regiane Jane, de 42 anos, foi morta por volta de 6h na região da Fercal, na comunidade de Catingueiro.
Quando o Corpo de Bombeiros (CBMDF) chegou ao local, a vítima já estava sem vida. Os golpes foram dados pelo companheiro Iron da Cruz Dias, de 38 anos, que confessou o crime. A informação de que ele havia tirado a própria vida foi corrigida após apuração do caso.
Na delegacia, Iron confessou o crime e disse que o fez porque desconfiava de traição. Nega, porém, que premeditou a ação, e afirma que teve um surto. Entretanto, a Polícia Civil desconfia de que ele tenha, sim, pensado na ação, uma vez que foram encontrados R$ 300 na mochila dele que ele levou consigo na tentativa de fugir.
Iron detalhou o que aconteceu após golpear Queila no quarto do casal. “Ela gritou por socorro, e eu fui levar a minha filha lá para baixo pra chamar a minha outra filha. Quando eu voltei, ela estava na cozinha com uma faca e, aí, eu a golpeei de novo”, relatou.
O casal vivia junto há 20 anos, de acordo com testemunhas. As filhas deles, de 13 e 18 anos, estavam em um quarto ao lado. “Elas não mereciam isso, não. Eu pedi desculpas para a minha filha, mas ela aceita se ela quiser”, disse o assassino confesso.
Queila havia feito cirurgia bariátrica há pouco tempo e aberto um bar próximo à chácara onde morava. Os familiares dão conta de que ela era uma pessoa querida, animada, acolhedora. As festas de fim de ano eram sempre na residência do casal.
Quanto a Iron, a família de Queila sempre o viu como um alguém quieto, calado, mas carinhoso. Não imaginavam que ele pudesse ter cometido o crime, porém lembram que ele tinha ciúmes da esposa — agravados após ela ter perdido peso pós-cirurgia.