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Brasília

Cultivo de funcho na Farmácia Viva completa 10 anos

Planta medicinal começou a ser distribuída na rede de Atenção Primária na forma de tintura; hoje, são produzidos também xarope e chá

Redação Jornal de Brasília

14/01/2021 17h12

Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde

A Secretaria de Saúde (SES), por meio do Núcleo de Farmácia Viva do Riacho Fundo, completa dez anos de cultivo da planta medicinal funcho. Ao longo deste período, a espécie passou por vários estudos e é um dos remédios fitoterápicos mais distribuídos pela Rede de Atenção Primária do Distrito Federal nas unidades básicas de saúde (UBSs).

A planta é utilizada no tratamento de incômodos intestinais. O funcho, entre suas indicações, proporciona o alívio sintomático da má digestão e de cólicas. Além disso, evita a formação de gases.

“Hoje, a tintura de funcho é o único medicamento dispensado nas farmácias da Atenção Primária que possui indicações para tratar de gases e má digestão”, destaca o chefe do Núcleo de Farmácia Viva do Riacho Fundo, Nilton Netto. “É um medicamento com bastante eficácia e que agrada os usuários”.

Em 2020, a Farmácia Viva do Riacho Fundo colheu 15 quilos de funcho e produziu 1.136 unidades de tintura. “Pelo quantitativo, as pessoas imaginam que 15 quilos é pouco, mas, na verdade, o funcho é bem pequeno, para juntar uma grande quantidade leva tempo”, explica o gestor.

Processo de produção

Para produção da tintura do funcho, faz-se o plantio em julho. O florescimento e surgimento dos frutos se dá entre outubro e fevereiro. Após colhido – as colheitas devem ser semanais – e processado, o funcho é colocado na estufa na temperatura de 45 graus pelo período de 48 a 72 horas.

“Depois de seco, o funcho é moído e passa pelo aparelho percolador, no qual fica cerca de 24 horas em contato com álcool de cereais”, detalha Nilton. “Após o período em que os princípios ativos da planta são extraídos, o funcho é liberado do percolador, já na forma de tintura, e envasado nas embalagens.”

Ao longo de 2020, a Farmácia Viva do Riacho Fundo colheu 479 quilos de plantas medicinais e produziu 6.455 unidades de medicamentos fitoterápicos, que foram distribuídos em 21 UBSs do DF.

Para ter acesso aos produtos, a UBS deve fazer o cadastro junto à Farmácia Viva, que cuidará da programação a partir da estimativa de produção. O paciente, com a devida prescrição, poderá retirar esses medicamentos naturais na farmácia da UBS cadastrada mais próxima à sua residência.

Atualmente, são produzidos e ofertados à população diferentes fitoterápicos. Confira, abaixo, os produtos disponíveis.

? Xarope, tintura e chá medicinal de guaco (Mikania laevigata): expectorante.
? Tintura de boldo nacional (Plectranthus barbatus): antidispéptico (atua contra má digestão).
? Tintura de funcho (Foeniculum vulgare): antiflatulento, antidispéptico e antiespasmódico.
? Gel de erva-baleeira (Cordia verbenacea): anti-inflamatório em dores associadas a músculos e tendões.
? Gel de confrei (Symphytum officinale): cicatrizante, utilizado em equimoses, hematomas e contusões.
? Gel de babosa (Aloe vera): cicatrizante
? Gel de alecrim-pimenta (Lippia sidoides): antisséptico, antimicótico, escabicida.

Veja as unidades que oferecem fitoterápicos.

As informações são da Agência Brasília

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