Com a adesão do líder do governo na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Cláudio Abrantes (PDT), e do distrital Martins Machado (Republicanos), a CPI das Fake News deve ser instalada no parlamento local com nove assinaturas para evitar a criação da CPI da Pandemia, defendida pelo chamado Centrão e proposta pela oposição que procura interpretar o regimento interno da Casa em desfavor do governo.
Sem previsão para ser publicana no Diário Oficial da Câmara Legislativa, segundo funcionários ligados à presidência, o documento para a criação da CPI das Fake News já está pronto, mas um conflito interpretativo do regimento interno ainda precisa ser solucionado junto à oposição na Casa.
O distrital Leandro Grass (Rede), autor da CPI da Pandemia, alega que, como a CPI das Fake News passou a ter sete integrantes, o documento teria de ser lido novamente. Neste caso, a CPI da Pandemia passaria à frente na prioridade. A presidência da Casa, no entanto, observa que a leitura já foi válida e que a nulidade só aconteceria caso permanecesse sem quórum mínimo, o que não aconteceu. Nesta terça-feira (7) o distrital Hermeto conseguiu mais dois nomes.
Integrantes da oposição já se articulam, no entanto, para tentar conseguir 13 assinaturas para instaurar a CPI da Pandemia simultaneamente com as outras duas, caso a manobra regimental não funcione.
Uma contagem superficial já coloca a oposição com 10 assinaturas, já que há a expectativa de adesão do deputados Chico Vigilante (PT) e de mais um integrante do Centrão. Parlamentares agora devem abordar a deputada Júlia Lucy (Novo) e o distrital Jorge Vianna (Podemos).