O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) falou, na manhã desta sexta-feira (20), sobre as acusações acerca do filho, o senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ). Citando comunismo, Bolsonaro comparou Flávio ao jogador Neymar, quando saía do Palácio da Alvorada.
“Acusaram ele de estar ganhando mais na casa de chocolate. O que acontece, quem leva mais cliente para lá, ele leva um montão de gente importante, ganha mais. É mesma coisa chegar para o, deixa eu ver, o Neymar e (perguntar) “por que está ganhando mais do que outros jogadores?”. Porque ele é o mais importante. Não é comunismo.”
Com “casa de chocolate”, Bolsonaro se refere a franquia da Kopenhagem pertencente ao filho. Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), Flávio recebeu valores desproporcionais em dinheiro vivo na conta da loja.
Bolsonaro ainda fez críticas ao juiz do MP-RJ Flávio Itabaiana. Ele acusou o MP de proteger o governador do Rio de Janeiro, Wlson Witzel. Falou ainda que “pelo que parece”, uma filha de Itabaiana é funcionária fantasma do governo.
Você já viu o MP do Estado do Rio de Janeiro investigar qualquer pessoa, qualquer corrupção, qualquer gente pública do Estado? E olha que o estado mais corrupto do Brasil é o Rio de Janeiro. Vocês já viram? Vocês já perguntaram pro governador Witzel porque a filha do juiz Itabaiana está empregada com ele? Já perguntaram? Pelo que parece, não vou atestar aqui, é fantasma. Já foram em cima do MP (para) ver se vai investigar o Witzel?
O presidente seguiu tecendo críticas ao juiz do MP-RJ. “Vocês perguntaram para o juiz Itabaiana como é que ele quebra 93 sigilos em cinco linhas? Fizeram busca e apreensão em casas de pessoas que não tinham nada a ver com isso. Arrombaram a loja de chocolate do meu filho. Se tivesse, se tivesse, se tivesse algo errado, não teria sumido? As franquias são controladas. Não é o cara que abre uma franquia e a matriz abandona. Ninguém lava dinheiro em franquia.”