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Brasília

Até drones serão utilizados em força-tarefa para combater a dengue no DF

Arquivo Geral

14/01/2019 17h43

Foto: Raphael Ribeiro / Especial para o Jornal de Brasília

João Paulo Mariano
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Ao prevenir uma possível epidemia de dengue, o Governo de Brasília lançou uma força-tarefa para combater a doença. Haverá integração com o Corpo de Bombeiros e administrações regionais para auxiliar nas visitas às residências. Uma novidade será o uso de drones: com eles, os militares poderão verificar as casas que estejam abandonadas e possam oferecer riscos.

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Todas as cidades do DF receberão as ações, mas as primeiras devem ocorrer nas dez em que houve avaliação de maior risco. São elas: São Sebastião, Paranoá, Itapoã Planaltina, Samambaia, Estrutural, Recanto das Emas, Lagos Norte e Sul e Candangolândia.

Para o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, os últimos dados do DF causam preocupação, pois, na comparação entre 2013 e 2018, houve um aumento de 60% do número de imóveis em que foram encontrados focos do mosquito Aedes Aegypti. Em 2018, foram notificados 2.351 casos de dengue em todo o DF, com suspeita de uma morte no fim do ano passado. A situação ainda é investigada. Em comparação a 2017, quando 3,9 mil casos foram notificados, a redução foi de 40% – por isso a desconfiança de que os números podem não representar a realidade.

“A população precisa entender que é uma mobilização conjunta entre governo e sociedade. Não queremos agir quando houver morte. Queremos demonstrar que agir com a prevenção e com a comunicação pode ter resultados mais positivos”, afirma o secretário.

Equipes preparadas para identificação dos focos

Serão disponibilizados 360 agentes da Secretaria de Vigilância a Saúde e 400 militares do Corpo de Bombeiros. Ainda haverá auxilio do SLU, da Novacap, das administrações regionais e da Agefis. Eles farão visitas às casas, recolherão lixo acumulado e combaterão todo e qualquer foco do mosquito. Ao todo, serão 18 casas visitadas por dia.

Como novidade, haverá a utilização dos dois drones do Corpo de Bombeiros. O comandante da corporação, coronel Emilson Santos, afirma que uma das maiores dificuldades é justamente a impossibilidade de entrar em algumas casas. “Se a gente faz a varredura de uma rua e apenas uma casa não é vistoriada, aquilo pode contaminar toda a comunidade”, alerta.

O comandante destaca que essa alternativa já é utilizada em outros estados e deve ser levada em consideração nas próximas ações por aqui. Para manter a privacidade, só uma pessoa fará a verificação dessas imagens, que depois serão eliminadas. Isso evitaria a necessidade de pular muros caso não haja foco do mosquito. Como as ações são feitas cada vez em uma cidade, os dois aparelhos seriam suficientes.

Subnotificação

O secretário de Saúde, Osnei Okumoto, afirmou que uma das atuais preocupações é com a subnotificação dos casos. Dos 2,3 mil casos notificados em 2018, mil foram confirmados e uma suspeita de morte. Para ele, isso não condiz com a realidade, que seria pior. Pretende-se intervir possibilitando mais contato por telefone ou internet. Há a pretensão também de colocar mais servidores para substituir aqueles que estejam de férias, para reforçar o trabalho.

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