Ana Lúcia Ferreira
[email protected]
Uma paciente contaminada pela bactéria KPC está no isolamento do Hospital Regional de Sobradinho (HRS). A informação foi confirmada pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal nesta terça-feira (7).
A mulher, que não teve a idade revelada, teria sido contaminada pela Klebsiella pneumoniae carbapenemase, conhecida popularmente como superbactéria KPC. Em nota a Secretaria de Saúde confirmou que a paciente está internada na unidade, porém, não disse desde quando.
A direção do HRS ressaltou que na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é seguida uma rotina para evitar o risco de disseminação de bactérias resistentes, já que muitas vezes o paciente pode estar colonizado ao ser internado.
Para isso, a direção explicou que o paciente é mantido em isolamento de contato, o que implica no uso de capote descartável, luvas descartáveis, lavagem rigorosa das mãos com uso de álcool gel antes de calçar e após tirar as luvas e demais normas que já são adotadas nas UTIs.
Sobre a KPC
A KPC não é o nome da bactéria, mas de uma enzima produzida por ela, capaz de inativar os antibióticos utilizados para o tratamento de infecções graves ou adquiridas dentro do ambiente hospitalar.
De acordo com o infectologista, Leandro Machado, a bactéria está presente no corpo humano, mas não significa que, uma vez com ela, o paciente poderá vir a óbito.
Ele ressalta que a KPC tem três estágios de resistência, e que o principal contágio ocorre pelas mãos. O infecto explica que os pacientes que a adquirem precisam serem isolados por medidas de precaução.
“Muitas vezes, o paciente está internado na UTI do hospital e para evitar o contágio a equipe médica responsável toma medidas de precaução na hora de examinar este paciente”, afirma. “Por este motivo é feito o uso de luvas, álcool, capote e principalmente a higienização das mãos”, conclui.
