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Brasília

Agnelo é conduzido à delegacia após agentes encontrarem arma

Ex-governador foi alvo de busca e apreensão em operação do MPDFT que investiga recebimento de propina em 2014

Willian Matos

23/07/2020 9h01

Foto: Reprodução/TV Globo

O ex-governador Agnelo Queiroz foi conduzido à sede da Polícia Civil (PCDF) para dar explicações sobre uma arma de fogo. Agentes do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) encontraram uma carabina na casa de Agnelo, no Setor de Mansões Dom Bosco, no Lago Sul. A arma estava sem registro.

Agnelo é alvo de uma operação do MPDFT que apura supostas fraudes na compra de leitos hospitalares em 2014. Segundo investigações, a empresa Hospimetal vendeu os equipamentos e pagou propina de 10% do valor das compras para representantes de Agnelo e do ex-secretário de Saúde Rafael Barbosa.

Os leitos custaram R$ 4,6 milhões. Agnelo e Rafael, então, teriam recebido R$ 462 mil em propina. O valor teria sido pago por meio de um contrato fictício de publicidade e marketing, firmado entre a Hospimetal e o Instituto Brasília Para o Bem-Estar do Servidor (Ibesp).

São cumpridos, ao todo, 13 mandados de busca e apreensão. Além de Agnelo e Rafael, o presidente da Ibesp, Luiz Carlos do Carmo, e a vice-presidente Adriana Aparecida Zanini, também são alvo.

Valores encontrados durante as buscas na casa da vice-presidente do Ibesp, Adriana Zanini. Foto: Divulgação/PCDF

Operação Checkout

A operação desta quinta (23) é mais um desdobramento da operação Checkout. A primeira fase foi deflagrada em junho de 2018 e cumpriu 16 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, no Rio de Janeiro e em São Paulo.

À época, o Ministério Público do DF investigou servidores da SES/DF e funcionários de empresas privadas envolvidos em fraude à licitação e corrupção na compra de macas, leitos de hospitais e outros tipos de mobiliários para unidades da rede pública.

A segunda e a terceira fase foram deflagradas respectivamente em fevereiro e março de 2019. Foram cumpridas diligências no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), no Guará e na cidade de São Caetano do Sul/SP, numa empresa de turismo. Houve uma prisão em Brasília.

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