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Brasília

Vítima cai em golpe do falso aluguel em Águas Claras

Golpista se passou por proprietário de um imóvel para negociar e conseguir dinheiro da vítima. Prejuízo foi de cerca de R$3.000 mil

Redação Jornal de Brasília

27/05/2022 17h11

Por Tereza Neuberger
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O leque de áreas em que os golpistas estão atuando têm se diversificado cada vez mais, no Distrito Federal não é diferente. Uma engenheira de 28 anos que preferiu não se identificar viu o sonho de ter seu próprio lar virar um pesadelo ao cair no golpe do falso aluguel.

Ao procurar apartamento em um site de mediação, na área reservada ao aluguel e venda de imóveis, a jovem encontrou um apartamento para alugar mobiliado em um condomínio na região de Águas Claras. Logo que se interessou pelo imóvel a jovem iniciou contato com o suposto proprietário do imóvel, indicado no anúncio. “Teve toda essa parte de conversar, de negociar, dele falar que já tinha muita gente atrás.“, conta a engenheira.

A negociação se estendeu de um dia para o outro, e quando a engenheira pediu para visitar o imóvel, o suposto proprietário disse que já havia “bastante gente agendada”. Decidida a alugar o apartamento, a jovem começou a falar dos benefícios de ser uma locatária, em seguida o suposto proprietário fez algumas perguntas a ela. “ Ele perguntou se era só eu, se pra mim tudo bem fazer contrato direto com o proprietário.”, relatou a vítima.

“Eu gostei do seu perfil, só que eu estou me divorciando agora e minha esposa também está anunciando o mesmo apartamento e já está conversando com algumas pessoas.” explicou o golpista, em seguida pediu a vítima que transferisse a ele um valor equivalente a um caução para garantir a prioridade do imóvel.

Em uma região muito procurada por novos moradores, o apartamento de dois quartos, mobiliado, estava sendo anunciado pelo valor de R$1700. “Eu fiquei toda animada com essa oportunidade” explica a engenheira. Após garantir que a vítima teria prioridade em locar o imóvel com a transferência do dinheiro, o suposto locador solicitou cópia dos documentos da vítima e enviou cópias de supostos documentos também.

Uma outra pessoa já entrou em contato com a vítima para definir o pagamento do aluguel e acertar detalhes do contrato. “Ele enviou a minuta de contrato e eu já estava com isso e cópias dos documentos dele. Achei que já estava tranquilo, que já tinha informações suficientes, o cara já tinha inventado uma história toda e eu estava bastante animada.” afirmou a vítima. Em seguida, o suposto anunciante solicitou a numeração da placa do carro da engenheira para registro na portaria do condomínio.

“Já passei os dados do seu carro para portaria, você já vai entrar como inquilina e o meu advogado estará lá te esperando”, afirmou o golpista. Assim que realizou a transferência solicitada de cerca de R$3000 via PIX ao suposto locador, a vítima contou ao Jornal de Brasília que ainda conseguiu contato com o golpista por cerca de 1 hora. De acordo com a vítima próximo ao horário marcado para realizar a visita no imóvel a engenheira conta que perdeu o contato com o suposto proprietário. “Ele sumiu, sumiu foto, não recebia mais minhas mensagens, eu fui bloqueada”, explica.

Ao chegar no condomínio para visitar o imóvel a engenheira contou ainda que não havia ninguém esperando por ela. Na portaria, buscou saber sobre o imóvel e foi informada de que realmente havia esse apartamento no condomínio, porém que já estava alugado fazia um tempo. Ao explicar a situação ao porteiro do condomínio, a vítima descobriu que não havia sido a única pessoa vítima desse mesmo golpe com o mesmo anúncio.

Revoltada a vítima registrou um boletim de ocorrência e compartilhou a situação nas redes sociais. Um dos seguidores após ver o relato da vítima, contou que também iniciou negociação semelhante, mas que desconfiou do golpe ao procurar o endereço e ver que era falso. A engenheira também contou ao Jbr que uma colega de trabalho e o marido caíram no mesmo golpe há um tempo atrás, porém a dor de cabeça foi tanta que preferiram não retomar o assunto.

Procurada pelo Jornal de Brasília, a 21ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal informou que o caso está sob investigação e que no momento não pode dar mais informações sob a investigação em andamento.

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