A greve dos vigilantes do Distrito Federal já afeta o funcionamento de serviços públicos. Em Santa Maria, por exemplo, foram registradas filas quilométricas no Posto de Saúde da QR 307. Um vídeo divulgado pela página Radar Santa Maria mostra o aglomerado da multidão. Os pacientes já tinham consulta marcada e foram pegos de surpresa, segundo a mulher que registrou o vídeo.
O posto não foi aberto por não haver segurança. O Jornal de Brasília percorre diversos pontos da cidade para mostrar a situação em outros estabelecimentos.
Os vigilantes optaram pela greve por tempo indeterminado durante uma assembleia realizada na noite dessa quarta-feira (28). Segundo a direção do Sindicato dos Vigilantes, mais de cinco mil pessoas votaram no ato. Paulo Quadros, presidente da entidade, diz que os patrões querem tirar conquistas da categoria para inserir regras da reforma trabalhista, do presidente Michel Temer.
De acordo com Quadros, as empresas terceirizadas querem pagar apenas a metade do tíquete-refeição e o restante em cesta básica, além de tirar o plano de saúde dos profissionais que auxiliam na segurança e organização dos espaços.“Querem tirar também nosso horário de descanso. O vigilante tem direito a uma hora de descanso e querem deixar com apenas 30 minutos”, reclama o presidente.
Quadros lembra que foram 15 rodadas de negociação desde novembro do ano passado. Existe o desejo de um reajuste salarial de 7% e não apenas a reposição pelo índice NPC, de 2,7%. Segundo o sindicato, os empresários querem retirar vários direitos e conquistas, em um total de 18 cláusulas que estão na Convenção Coletiva de Trabalho da categoria e que prejudicam o bolso do trabalhador.
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