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Brasília

Vai pegar uma cachu? Especialistas alertam turistas sobre riscos de tromba d’água

Período chuvoso oferece riscos para brasilienses que saem em busca de cachoeiras durante o carnaval

Redação Jornal de Brasília

10/02/2021 5h44

Atualizada 11/02/2021 0h52

Operíodo de carnaval é historicamente marcado no Distrito Federal não apenas pelas festividades, canceladas para esse ano em função da pandemia da covid-19, como também pelo fluxo de turistas brasilienses que procuram tranquilidade nos municípios entorno, frequentando as cachoeiras próximas à cidade de Pirenópolis (GO) ou no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Mas especialistas alertam que esse período não é seguro para se frequentar rios ou cachoeiras em função do risco de formação de cabeças d’água.

A meteorologista Andrea Ramos, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) explica que o período do carnaval (principalmente durante os dias 14, 15 e 16) vai ser marcado no entorno por tempo nublado, temperaturas baixas e chuva leve e constante nos municípios de Pirenópolis (GO) e Alto Paraíso (GO), constantemente procurados por brasilienses neste período do ano.

Essas condições de tempo, de acordo com a meteorologista, exigem atenção especial por parte dos banhistas. “Em função desses volumes de chuva expressivos, é bem possível que haja sim o aumento do nível das cachoeiras. Portanto é preciso ter cuidado, verificar bem a condição de tempo daquele dia. E pelo que tudo indica, vão ser mantidas as condições de chuva durante o Carnaval”, alerta.

No Distrito Federal a previsão não é diferente, com tendência a chuvas com volume expressivo e temperaturas em torno dos 24ºC. Brazlândia, região administrativa também procurada com frequência por turistas em busca de cachoeiras, possui previsão de ser a segunda região com maior volume de chuvas, atrás do Plano Piloto. “Brazlândia já alcançou 90% do volume esperado pela climatologia para o mês de fevereiro, com 162,4mm de chuva”, afirma a meteorologista.

Cabeça d’água

A cabeça d’água (popularmente conhecida como tromba d’água) é um fenômeno natural que ocorre quando chove na cabeceira do rio ou em alguma parte alta de seu curso, oferecendo risco aos banhistas que são pegos de surpresa pelo aumento repentino do volume de água e da força da correnteza. Mas ela não chega necessariamente sem aviso.

De acordo com o primeiro tenente João Paulo Santos do Corpo de Bombeiros Militar do estado de Goiás (CBMGO), a cabeça d’água pode dar alguns sinais de sua chegada, exigindo atenção especial. “O leito do rio começa a subir, a água fica mais turva. Pode ser que traga mais galhos de árvore com a correnteza”. Mas o bombeiro reforça que o bom senso é a principal ferramenta para se proteger contra esse fenômeno, devendo o banhista sempre verificar a previsão de tempo, avisos da defesa civil e evitar visitar cachoeiras e cursos d’água em períodos chuvosos.

Serviço

  • Evite passear em trilhas e cachoeiras no fim do dia. A recomendação e sempre sair cedo, para evitar o risco de escurecer durante o passeio;
  • Tome cuidado com pedras escorregadias e que tenham limo;
  • Evite mergulhar em locais de pouca visibilidade na água, que são muito profundos ou que tenham correnteza;
  • Evite saltar na cachoeira, pois você pode atingir alguma pedra;
  • Fique atento à previsão do tempo;
  • Para trilhas que você não conhece, contrate um guia profissional;
  • Mantenha o corpo hidratado e se alimente antes do passeio.

 

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