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Brasília

Tramita na CLDF, PL que obriga grandes estádios do DF a ter espaço para autistas

O texto é de autoria do deputado Robério Negreiros e detalha como devem ser os espaços

Redação Jornal de Brasília

01/08/2023 18h28

Foto: Carlos Gandra/CLDF

As atividades na Câmara Legislativa do Distrito Federal começaram nesta terça (1) e os projetos voltados à inclusão já começaram a ser discutidos. De autoria do deputado Robério Negreiros (PSD), tramita na Casa um projeto de lei (PL) que pretende garantir a existência de espaço para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em estádios de futebol. 

De modo a detalhar como devem ser esses espaços, o texto do parlamentar obriga que arenas esportivas da capital do país com capacidade igual ou superior a 5 mil pessoas tenham local reservado e adaptado para esse público. Se aprovada, a minuta irá garantir que pessoas com autismo devam ter acesso a uma sala sensorial, com vagas que devem equivaler a, no mínimo, 0,5% do total reservado para deficientes e sem exceder cinquenta ocupantes por setor.

Além disso, o local ainda deverá contar com interposição de vidros, que permitam a visibilidade dos eventos e a contenção do som externo, além de fones abafadores de extrema sensibilidade auditiva. Por fim, e incluindo os responsáveis ou acompanhantes, o texto também diz que estes teriam garantidos assentos na área, e estabelece treinamentos sobre noções de tratamento pessoal, a respeito de aspectos gerais do autismo, para os profissionais de apoio e da segurança dos estádios e arenas esportivas.

Justificando a criação da proposição, Negreiros salienta que, muitas vezes, em jogos de futebol, por exemplo, nos momentos em que uma equipe faz gol, os sons ficam mais intensos, devido aos gritos e à maior agitação da torcida. “As pessoas com TEA se assustam e têm a necessidade de se locomover até um lugar mais calmo. É importante que os estádios e as arenas esportivas criem um ambiente controlado, mais silencioso e com menos pessoas, em que a pessoa com TEA se sinta segura para a realidade durante o período do jogo”, argumenta o distrital. 

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