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Brasília

Terceiro suspeito é preso pela morte de seis pessoas da mesma família

O caso começou com o sumiço de Elizamar da Silva, de 39 anos, e seus três filhos, com idades entre 6 e 7 anos, ainda na semana passada

Redação Jornal de Brasília

18/01/2023 11h20

Foto: PCDF

Camila Bairros e Vítor Mendonça
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Na noite de ontem (17), agentes da 6ª Delegacia da PCDF prenderam Fabrício Canhedo, o terceiro suspeito de envolvimento na morte de seis pessoas da mesma família, que foram encontradas carbonizadas em carros em Cristalina-GO e Unaí-MG.

Mais cedo no mesmo dia, outros dois suspeitos, Horácio Barbosa e Gideon Menezes, também foram presos em flagrante. Ambos participaram da ação criminosa com o objetivo de pegar dinheiro das vítimas. Junto com eles foram encontrados R$ 10 mil. Eles teriam recebido R$ 100 mil pelos crimes.

Já Fabrício teria participado da vigilância das vítimas, que foram mantidas em cárcere privado em um local em Planaltina antes de serem assassinadas.

Horácio, o primeiro suspeito preso, disse em depoimento que o pai e o avô das crianças, Thiago e Marcos Antônio, que estão desaparecidos, também tiveram participação efetiva no crime.

Segundo a PCDF, a investigação segue com o intuito de verificar a versão apresentada, para confirmar se o pai das crianças e o avô estão vivos e se realmente foram coautores do crime. Os suspeitos foram encaminhados à carceragem para posterior audiência de custódia.

O caso

O misterioso caso se iniciou com o sumiço de Elizamar da Silva, de 39 anos, e seus três filhos, com idades entre 6 e 7 anos, ainda na semana passada. A mulher é dona de um salão de beleza, localizado na quadra 307 da Asa Norte.

A empresária deixou o salão, com os filhos e uma funcionária. A passageira recebeu carona até uma parada de ônibus e, por volta das 22h, informou à Elizamar que desembarcou do transporte público. Nesse momento, a cabeleireira respondeu que passaria no condomínio da sogra para buscar o marido, no Condomínio Residencial Novo Horizonte, no Itapoã.

A cabeleireira ficou no condomínio por cerca de 20 minutos. A funcionária do salão de Elizamar ainda disse à polícia que voltou a se comunicar com a patroa cerca de 40 minutos depois que foi deixada na parada de ônibus, mas não obteve resposta. O histórico de localização do celular de Elizamar, por volta da 0h30, indicou “não há modo trajeto”. O rastreio mostra que o carro passa por um posto de gasolina e, por último, pela BR-260.

À polícia, o filho mais velho da cabeleireira disse que a mãe dele chegou a se desentender com o companheiro ainda naquela noite. Em seguida, Elizamar saiu com os três filhos. No dia seguinte, o veículo foi encontrado carbonizado, com os quatro corpos dentro.

Já no domingo (15), um segundo boletim de ocorrência foi registrado na 33ª Delegacia de Polícia, em Santa Maria, por familiares que informaram o desaparecimento das outras quatro pessoas. O marido da empresária, a mãe dele, Renata Juliene Belchior, de 52 anos, o pai dele, Marcos Antônio Lopes de Oliveira, de 54 anos, e a tia das crianças e irmã de Thiago, Gabriela Belchior de Oliveira, de 25 anos.

Na madrugada desta segunda-feira (16), a polícia disse que encontrou outro veículo incendiado, um Fiat Siena que pertencia ao avô das crianças, na BR-251, altura de Unaí (MG). Dentro do carro, havia outros dois corpos carbonizados.



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