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Brasília

Suspeitos usaram dinheiro de caixa beneficente dos bombeiros para pagar flats, aluguéis e revisão de carro

Supostas fraudes na Caben realizadas entre 2016 e 2019 são investigadas pela PCDF. Desvios chegam a R$ 250 mil, aponta laudo

Willian Matos

02/02/2021 7h41

Atualizada 03/02/2021 12h36

A 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte) investiga supostas fraudes na Caixa Beneficente dos Bombeiros do Distrito Federal (Caben-DF). A Caben é um órgão que dá aos militares descontos em serviços como hospedagens, atendimentos médicos diversos, assessoria jurídica, entre outros. Para isso, cada bombeiro paga R$ 150 por mês.

Laudo desenvolvido pelo Instituto de Criminalística da Polícia Civil do DF (IC/PCDF) ao qual o JBr teve acesso aponta que, em 2016, começaram a ser realizados pagamentos indevidos a membros do conselho deliberativo do Caben, como indenizações. Embora tenha passado por votação, o benefício era proibido para o conselho, devendo se restringir apenas a membros da diretoria executiva e do conselho fiscal.

Também foram registrados alguns gastos indevidos, como: compra de flats em Caldas Novas-GO; pagamento de condomínio de 10 flats em um hotel da cidade goiana; locação de apartamentos no mesmo município; despesa com um carro Nissan Livina; pagamento de revisão de um carro comprado sem aprovação da assembleia geral; despesas com terreno e construção de uma pousada; entre outros. As despesas contrariam o estatuto da Caben.

Os pagamentos feitos entre janeiro e dezembro de 2016, aos membros do conselho deliberativo, totalizaram R$ 49.614,84. Na gestão anterior, 2013/2015, foram pagos R$ 83.478,57. Em 2015, o conselho criou, indevidamente, uma assessoria à diretoria executiva. Os membros eram Clauder Aguiar de Araújo, Carlos Alberto dos Reis e Silva, Jarbas Fonseca de Oliveira e Geraldo Adriola Pereira. Eles ganharam, ao todo, R$ 68.685,00.

Ainda consta em laudo do IC/PCDF o gasto com diários dos membros dos conselhos e da diretoria executiva da Caben, em viagens feitas aos estados do Rio de Janeiro, Bahia e Goiás. Somadas, as despesas chegaram a R$ 28.086,05. Por fim, outra despesa irregular paga a membro dos conselhos chegou a R$ 21.326,67.

Os gastos indevidos chegam a R$ 251.191,13.

A reportagem entrou em contato com o presidente da Caben, Clauder Aguiar. Clauder afirmou que só se pronunciará diante dos laudos que apontam as irregularidades.

O caso segue em investigação, cuja responsável é a 17ª DP.

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