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Brasília

Sextou com aglomeração em bar da Asa Sul

Em uma das mesas, havia seis pessoas aglomeradas – quatro sentadas e duas em pé. Os clientes foram atendidos algumas vezes, mas os garçons não repreenderam o grupo

Vítor Mendonça

18/07/2020 8h58

Na primeira sexta-feira após a reabertura dos bares e restaurantes no Distrito Federal, o bar Libanus, na quadra 206, recebeu aglomerações em meio ao grande número de clientes. A reportagem esteve no local por cerca de 30 minutos e pode verificar as irregularidades, além de observar frequentadores circulando entre uma mesa e outra sem impedimentos dos funcionários do estabelecimento.

Apesar das marcações no piso para o distanciamento entre os lugares, em uma das mesas, haviam oito pessoas reunidas. Seis sentadas e outras duas em pé, sem máscaras. Por pelo menos quatro vezes a mesa foi atendida, mas não houve repressão ou orientação pelos garçons. Procurado pessoalmente pelo Jornal de Brasília, o gerente do local não quis fornecer entrevista.

Em outra mesa, um grupo de 7 pessoas também descumpriu as orientações governamentais de restrição por mesa. Um dos clientes excedentes era justamente um dos que visitou o primeiro grupo citado. Novamente, não houve orientação por parte dos funcionários para a separação entre as pessoas.

O comportamento é proibido de acordo com o Decreto n° 40.439, publicado no dia 2 de julho, em edição extra do Diário Oficial do DF. O texto dispõe sobre o “limite de 6 pessoas por mesa”, sendo passíveis de multa “as pessoas físicas e jurídicas”. O estabelecimento pode até ser interditado e perder alvará de funcionamento “enquanto perdurar o estado de calamidade pública gerado pela COVID-19”, segundo o documento.

Falta de clientes

Pouco movimento, no entanto, teve o bar Serpentina Zero Grau, localizado no Setor de Indústrias Gráficas (SIG). Apesar da reabertura significar possível recuperação do setor, a medida não favoreceu o estabelecimento, segundo o gerente do local, Antônio José Oliveira. “Para nós está sendo ruim aqui nessa área. O almoço, pelo menos, está começando a voltar aos poucos. Estamos vivendo de entregar marmita, que continua com a mesma demanda”, conta.

De acordo com ele, 90% dos clientes eram funcionários de um dos bancos da rua acima. Como as atividades da agência de caráter administrativo estão reduzidas, não há público que supra a demanda retraída dos últimos quatro meses.

“Mesmo sabendo que seriam poucos, achei que viriam mais pessoas hoje”, confessou o gestor. “A música ao vivo e o nosso samba eram os principais atrativos. Durante o sábado, por exemplo, recebíamos uma média de 2 mil pessoas”, comparou. Para ele, enquanto os setores que compõem sua clientela não voltarem com quadro relevante, as contas continuam acumulando.

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