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Brasília

Servidoras se destacam em cargos antes ocupados por homens

Elas representam 51,97% dos servidores e empregados públicos de um total de mais de 95 mil em atividade no GDF

Redação Jornal de Brasília

21/08/2023 15h27

Foto: Agência Brasília

Maior parte da força de trabalho do Governo do Distrito Federal (GDF), as mulheres têm conquistado, cada vez mais, espaços em cargos e funções do Executivo que, antes, eram ocupadas majoritariamente ou exclusivamente por homens.

Elas representam 51,97% dos servidores e empregados públicos de um total de mais de 95 mil em atividade no GDF. A participação feminina se destaca entre os cargos comissionados e funções gratificadas – em que elas ocupam 51,5% dos cargos – e também entre os concursados. Nas funções de confiança, elas exercem 9.362 de um total de 18.175, com 54% de presença em cargos de assessoramento e 51% nas chefias de assessoria.

Uma dessas mulheres no comando é Walquiria Marra, que aos 46 anos ostenta o posto de primeira servidora da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) a chefiar a Divisão de Manutenção e Conservação de Vias (Dimav).

Walquiria integra o quadro de servidores da Novacap há 25 anos. A trajetória da funcionária da companhia começou ainda em 1998, quando assumiu como técnica em edificações. Trabalhou na função durante oito anos e se especializou em obras de pavimentação asfáltica.

As experiências e qualificações obtidas no período renderam a ela a possibilidade de assumir a função de supervisora de obras de meio-fio e calçadas, posto que exerceu até 2021, quando foi convidada a ocupar a chefia da Dimav. Até então, a cadeira só havia sido ocupada por homens.

Para Walquiria, a bagagem adquirida durante todos os anos na companhia a credenciaram para exercer o cargo atual. “Essa experiência me permitiu conquistar a confiança de muitos que, por vezes, podiam duvidar do meu trabalho. Faço questão de fazer com que meus funcionários se sintam bem à vontade comigo”, afirma.

“É uma equipe. Uma equipe em que um valoriza o trabalho do outro. Com isso, a gente consegue alcançar um resultado muito melhor para a Novacap e para o Governo do Distrito Federal. Eu me vejo, hoje, muito respeitada dentro da minha função. Me considero uma líder mais sensível, compreensível e que procura o bem-estar do meu funcionário”, completa a chefe da Dimav.

Atualmente, a servidora é uma das responsáveis pela gestão de diversas obras de readequação urbana realizadas pela Novacap em todas as 35 regiões administrativas do DF. É ela, também, quem comanda o programa Mão na Massa, iniciativa lançada pela companhia para qualificar equipes das administrações regionais que executam serviços de tapa-buraco.

Hoje, Walquiria busca ser um exemplo para outras servidoras da companhia. “Ao assumir essa função, eu acredito que, de certa forma, inspirei outras servidoras da Novacap a seguirem o mesmo caminho de capacitação que eu segui. Eu recebo um carinho enorme das mulheres da Novacap. Fico feliz que algumas me considerem como uma inspiração”, finaliza.

Exemplo e inspiração

Histórias como a de Walquiria se repetem em todo GDF. Outro exemplo é o da servidora Priscila Paris, atual diretora técnica da Companhia Energética de Brasília (CEB) Geração. Ela também foi a primeira mulher a assumir o cargo de chefia ali.

Priscila chegou à CEB em 2011 para atuar como engenheira elétrica da Usina Hidrelétrica do Paranoá. Até chegar à cadeira que ocupa hoje, a servidora passou por postos de chefia e teve diferentes experiências liderando equipes.

“Esse trabalho que fiz na parte técnica da usina me levou a ser convidada, depois de três anos, a assumir como gerente da CEB Geração, onde passei a coordenar a usina e os negócios de geração da companhia. Em 2019, recebi este segundo convite, para ser a diretora técnica da CEB Geração”, relata.

A servidora, assim como Walquiria, afirma que um quadro mais diverso de servidores ajuda no crescimento da companhia. “É uma realidade que está mudando. A diversidade é algo que contribui demais com o crescimento profissional. Tenho muito orgulho de ter conseguido essa posição que eu assumo hoje”.

Desafio

Há três meses, a brasiliense Elaine Santos Guimarães, 44 anos, aceitou o desafio de ser a primeira mulher, em todas as cinco distribuidoras da Neoenergia, a trabalhar na rede elétrica subterrânea do DF. O primeiro contato profissional com a área ocorreu ainda em 2021, logo após se formar na primeira turma da Escola de Eletricistas do DF.

“Eu vi a divulgação do curso, me inscrevi, fui selecionada e, assim que terminei a escola, eu fui contratada pela Neoenergia. Eu comecei na distribuidora trabalhando na manutenção da rede elétrica aérea da empresa, onde fiquei por um ano e seis meses até receber a proposta para trabalhar na rede subterrânea.

Para assumir a função, Elaine precisou passar por treinamentos específicos de capacitação. Ela avalia que a qualificação e o tratamento ofertados pela Neoenergia fizeram a diferença na escolha de assumir o desafio. “Estou muito motivada e espero que essa motivação possa despertar em outras mulheres esse mesmo interesse que eu tive. Desde o primeiro dia, fui abraçada por essa equipe. Eles me ajudam muito, estou aprendendo demais todos os dias”, ressalta.

As informações são da Agência Brasília

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