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Brasília

Secretário da Seduh participa do II Congresso Brasiliense de Direito Urbanístico, promovido pelo CEUB

Mateus Oliveira, secretário da Seduh, disse que seguirá no cargo já que Ibaneis Rocha (MDB) foi reeleito como governador do DF

Redação Jornal de Brasília

19/10/2022 12h57

Foto: Reprodução

Ana Clara Neves e Camila Bairros e Danyelle Silva
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Começou nesta quarta-feira (19) o II Congresso Brasiliense de Direito Urbanístico, promovido pelo CEUB. E um dos eventos mais esperados do dia foi o 2º Painel, que contou com a palestra de Mateus Leandro de Oliveira, secretário da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Distrito Federal (SEDUH) desde 2019.

Com a reeleição de Ibaneis Rocha como governador do Distrito Federal, Mateus Oliveira seguirá no cargo. “Não tem sido um trabalho fácil, mas eu acredito, acima de tudo, que nós conseguimos avançar e ainda temos muito a fazer”, disse o secretário.

O tema do painel apresentado por Mateus Oliveira foi: “O Plano de Conservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB)”, que é um tema relevante para a proteção do patrimônio urbanístico e arquitetônico da nossa cidade, algo que será definido ainda em 2022.

Segundo o secretário, o PPCUB é um conjunto urbanístico de Brasília que se refere à área tombada.

Foto: Pedro Santana/ Especial para o Jornal de Brasília

“Quando a gente fala do ponto de vista operacional da aplicação de normas urbanísticas da área tombada, não tem como falar sem citar o histórico que são as normas de gabarito e as plantas registradas, que criaram, junto com alguns memoriais descritivos, uma verdadeira colcha de retalhos em termos de aplicação e normas urbanísticas na área tombada”, disse Mateus.

Em sua fala, o secretário também lembrou que nem dentro das normas de gabarito há uma uniformidade de tratamento, já que em algumas situações regulam um setor inteiro, em outras quadra e às vezes só um lote.

A declaração da Unesco de 1987 considera o Plano Piloto como Patrimônio Mundial da Humanidade. Com isso, Brasília passou a ter a maior área tombada do mundo: 112km². “Mas o Plano Piloto segue uma lógica diferente de um Centro Histórico, por exemplo, onde a gente tem muito bem definido o conjunto de edificações”, lembrou o secretário.

Mateus fez questão de lembrar também a importância da LUOS, uma lei que define as regras para a ocupação das unidades imobiliárias da área urbana das cidades do Distrito Federal, com exceção das áreas tombadas. Essa lei foi sancionada em janeiro de 2019 e passou por uma revisão em abril deste ano. Até agora, já revogou mais de 200 normas nas Regiões Administrativas do Distrito Federal.

Foto: Pedro Santana/ Especial para o Jornal de Brasília

“O plano que estamos fazendo é dentro dos limites da Portaria 166/2016 do Iphan (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), que zela pela preservação do conjunto urbanístico”, disse o secretário.

O secretário considera fundamental a participação popular nas definições do PPCUB, em vista de atender a demandas de comerciantes e moradores, por exemplo. Uma das polêmicas que o secretário enumerou para o debate tem relação com a instalação de novas redes elétricas aéreas na área tombada para infraestrutura de iluminação e de transportes, por exemplo.

“O tempo necessário”

“A gente também não quer perder tempo. Mas desde que existam condições com a sociedade, com os órgãos de controle, com o Judiciário, e no entendimento de que estamos no caminho certo”.

Oliveira entende que há um “grande desafio” de utilizar a audiência pública também para receber críticas e qualificar o debate. “O governo está se preparando para esse desafio. Está preparado para mais quatro anos. Nós estaremos prontos para permanecer nesse debate pelo tempo que for necessário”.

Outras palestras

O II Congresso de Direito Urbanístico, promovido pelo CEUB, vai até o dia 21 de outubro. O evento tem como parceiro e co-organizador o Instituto de Direito Urbanístico de Brasília (IDUB), e contará com diversas palestras.

Todas elas serão realizadas no auditório 3 do CEUB, e poderão ser acompanhadas através do YouTube da universidade. Mais cedo nesta manhã, Paulo Carmona, presidente do IDUB, deu início oficialmente às atividades, e explicou o objetivo do tema deste ano: “Faz 100 anos da Semana de Arte Moderna, então é um momento bem adequado para a gente voltar a discutir essas questões. Brasília é uma cidade tombada e reconhecida pela ONU como patrimônio mundial. Além disso, a cidade tem tombamento distrital, de 1987, e tombamento federal, de 1992”.

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