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Brasília

Secretaria de Saúde adquire 185 equipamentos para diagnósticos mais rápidos de dengue

“Point of Care” entrega resultados em, aproximadamente, 30 minutos. Aquisição foi feita por meio de cooperação com a Organização Pan-Americana de Saúde

Redação Jornal de Brasília

19/03/2024 19h52

A Secretaria de Saúde (SES-DF), por meio de acordo de cooperação com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), adquiriu 185 Point of Care, um equipamento que realiza exames mais rápidos para diagnóstico de dengue. O anúncio foi realizado nesta terça-feira (19), pela secretária da pasta, Lucilene Florêncio.

A compra dos equipamentos é, segundo a gestora, estratégica para suprir um gargalo identificado no atendimento de pacientes com a doença. Atualmente, as amostras de sangue colhidas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ou nas tendas de acolhimento precisam ser levadas ao hospital, pelos próprios servidores. Os resultados levam, em média, de 3 horas a 4 horas para saírem.

“O aparelho traz celeridade ao diagnóstico de gravidade do paciente e da condução do caso. Por meio do resultado, é possível identificar se a pessoa precisa de remoção, se já está com grande hemoconcentração ou com queda de plaquetas. Ele facilitará o cuidado e o plano terapêutico”, detalhou a secretária.

Portátil, o Point of Care permite que exames e resultados ocorram no mesmo local de atendimento – UBS ou tenda -, com diagnóstico pronto em aproximadamente 30 minutos. Dos 185 equipamentos adquiridos, a previsão é que 50 sejam entregues ainda hoje (19). No momento de distribuição, as equipes de saúde passam ainda por treinamento de manejo da máquina.

Estabilidade dos casos

Além da compra dos novos equipamentos, a secretária de Saúde explicou que o atual cenário epidemiológico indica uma estabilidade nos casos de dengue no DF. Segundo a gestora, há duas semanas foi observada a constância nos registros de ocorrências – cerca de 14 mil. Por dia, a média de atendimentos de pacientes com dengue está em 4 mil.

“Temos visto uma estabilidade, com tendência à queda. É importante salientar que o nosso pico de registro de casos foi na última semana de janeiro. A partir daí, notamos uma constância. Nesta última semana, vimos uma tendência à queda”, destacou.

Neste ano, a gravidade e o aumento dos casos observados decorreu por diversos fatores, entre eles a circulação de outro sorotipo (DENV-2), que atingiu uma população mais suscetível. Entre os óbitos, a pasta analisou que mais de 80% dos casos investigados ocorreram em pessoas com comorbidades, como hipertensos e diabéticos, e acima de 60 anos.

“A população do DF entrou em contato com esse sorotipo há dez anos, então não tínhamos uma memória imunológica. Assim, o sorotipo circula e encontra uma população mais suscetível”, esclareceu a secretária. “É um sorotipo que apresenta maior agressividade, capaz de levar a formas graves da doença”, acrescentou.

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