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Brasília

Saúde passa por treinamento para atender casos de pólio

O DF aplicou 81.110 doses da vacina oral, o que representa apenas 50,6% das crianças de 1 a 5 anos incompletos vacinadas

Redação Jornal de Brasília

21/10/2022 17h59

Foto: Tomaz Silva/Arquivo/Agência Brasil

Servidores da Secretaria de Saúde se reuniram, nesta sexta-feira (21), na Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciência da Saúde (Fepecs) para passar por treinamento e estabelecer protocolos de ação em casos suspeitos de poliomelite. A iniciativa acontece diante dos baixos índices de cobertura vacinal contra a doença.

“Com a ameaça iminente de reintrodução da poliomielite no Brasil, é preciso que a rede de saúde, tanto pública quanto privada, esteja ciente e preparada para agir”, explica o diretor de Vigilância Epidemiológica, Fabiano dos Anjos Martins. “Hoje há o alerta de que o DF corre risco elevado, que aponta para cerca de 80%, e precisamos ter na rotina dos serviços de saúde a possibilidade de um novo caso”.

Até agora, o DF aplicou 81.110 doses da vacina oral contra poliomielite, o que representa apenas 50,6% das crianças de 1 a 5 anos incompletos vacinadas. A meta é vacinar 95% desse público-alvo.

Para a chefe do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), Priscilleyne Reis, exercícios como esse são fundamentais para que a resposta da Saúde seja rápida e possa controlar a proliferação do vírus. “O diferencial de uma equipe preparada é o de identificar logo um caso e isolar, procurar a rede de contato, tentar identificar novos suspeitos e conter ao máximo a doença”, aponta. O período de incubação da pólio pode variar de sete a 30 dias.

Os especialistas ressaltam que a melhor forma de conter a poliomielite é com a população vacinada. A SES tem mais de 118 pontos de vacinação que são atualizados diariamente e podem ser acessados no site da pasta. A poliomielite não tem cura e deixa sequelas. “O ideal é a família levar o filho para o posto de vacinação e o profissional orientar se há alguma vacina em falta”, ressalta a responsável técnica da pólio, Joana Castro.

Plano de Contingência e Mitigação

A simulação ainda teve como objetivo discutir as ações estratégicas, apresentar problemas e propostas para que o plano de contingência possa estar alinhado com a realidade de cada área dentro da Secretaria de Saúde. Para isso, foram convidados profissionais de sala de vacinação, infectologistas, pediatras, profissionais de laboratório, agentes comunitários, entre outros.

O exercício contou com os participantes divididos em cinco equipes e cada turma em um ambiente separado. A ideia é que os profissionais de diferentes áreas discutam as providências. “Há cerca de 30 anos não tem um caso, então os profissionais que lidaram com a pólio no passado já estão aposentados. Eu mesma nunca vi um caso. Precisamos nos preparar lidando com etapas que o plano nacional não prevê”, relata a responsável técnica da vigilância da Poliomielite da Secretaria de Saúde, Joana Castro.

Participante da simulação, a enfermeira da Vigilância Epidemiológica do Hospital da Criança Larissa Barrozo destaca que os exercícios promovem a capacitação para a situação complexa que a pólio representa: “São visões diferentes abordando o assunto, e ao mesmo tempo em que você é capacitado para atuar numa situação de surto de poliomielite, também aprende as visões de outras pessoas porque atuam em diversas categorias profissionais”.

Para identificar riscos de reintrodução da poliomielite, a Secretaria de Saúde constituiu um grupo de trabalho sobre a doença. Essa equipe vai apresentar, na segunda-feira (24), o Plano de Mitigação da Pólio. O documento tem o objetivo orientar o planejamento de ações para combater o vírus e coletar dados para prevenção da doença no DF.

As informações são da Agência Brasília

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