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Brasília

Rodovias: Imprudência e embriaguez

“É necessário mais consciência de cidadão, de preservar a própria vida e a do próximo. É isso que vai diminuir o número de mortes” diz especialista

Redação Jornal de Brasília

04/02/2021 5h54

Foto: Reprodução / TV Anhaguera

Mayra Dias
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Conforme registrado pela PRF, no DF, as causas mais comuns de acidentes fatais são ultrapassagens indevidas, falta de atenção do pedestre, excesso de velocidade e embriaguez ao volante. Na avaliação de Arthur Moraes, isso revela uma deficiência de pensamento coletivo por parte dos condutores.

“É necessário mais consciência de cidadão, de preservar a própria vida e a do próximo. É isso que vai diminuir o número de mortes”, enfatiza o especialista.

O profissional ainda chama atenção a necessidade de uma punição e fiscalização mais rigorosa daqueles que insistem em desobedecer às normas de trânsito. “Para os que não agem dessa forma, deve-se haver uma fiscalização e uma punição efetiva e rigorosa”, salienta.

As ultrapassagens indevidas, neste caso, são as responsáveis pelas colisões frontais, acidente recorrente em certas localidades do DF. “Essas ultrapassagens perigosas são comuns em locais proibidos e de pouca visibilidade do sentido contrário. Ou seja, desrespeito às regras”, alega Arthur. Ele ilustra ainda que, a velocidade em que o veículo se encontra, também influencia na gravidade do acidente. “Uma batida a 40km/h, por exemplo, o estrago, tanto do veículo quanto das pessoas que estão dentro dele, é menor em força e energia do que uma que ocorre a 100 km/h”, especifica.

No entanto, mesmo com um número ainda significativo de mortes e acidentes, o DF vem mostrando uma redução expressiva desde o ano de 2009. Como destaca Arthur Moraes, no último ano, a capital atingiu a meta estipulada entre os anos de 2009 e 2010 com relação aos sinistros de trânsito. “Em 2020, nós conseguimos atingir a meta de estar com menos de 50% de mortes em comparação a 2009 e 2010”, diz.

O profissional acrescenta ainda que, essa queda, é reflexo de algumas medidas específicas e eficazes tomadas pelas autoridades. “Isso pode ser explicado pelo fato de termos sido a primeira unidade da federação a fiscalizar e exigir o cinto de segurança e a faixa de pedestre, as blitz foram intensificadas, e tudo isso ajudou muito”, diz.

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Na descrição de Pamela Vieira, essa diminuição não foi reflexo da pandemia. Os números, registrados mês a mês pela PRF, mostram que em março, quando ocorreu o movimento de lockdown houve redução de acidentes. Nos meses seguintes, isso não ocorreu. “As quedas voltaram a acontecer no segundo semestre, quando começaram as flexibilizações de comércios e órgãos públicos para voltarem a funcionar”, argumenta.

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