Uma nova paralisação dos rodoviários acontece na manhã desta quarta-feira (21). Desta vez, os ônibus dos terminais da QNQ, em Ceilândia, e de Santa Maria param de circular entre 5h e 7h. A expectativa é de que mais de 150 coletivos fiquem nas garagens.
Nesta terça-feira, três cidades do Distrito Federal amanheceram sem transporte público fornecido por duas empresas. Segundo os trabalhadores, a paralisação dos rodoviários em Samambaia, Gama e Ceilândia ocorreu porque os empresários teriam se negado a assinar o acordo coletivo, que dispõe sobre a data-base da categoria – reajuste de salários, benefícios e horas de trabalho –, celebrado no final de julho. Eles dizem ainda que os empresários não têm cumprido com o que foi acordado.
Segundo a assessoria do Sindicato dos Rodoviários do DF, não houve nenhuma negociação ontem. A maior reivindicação dos trabalhadores é pela implementação do plano de saúde, que foi aprovado neste acordo. “As empresas teriam que repassar o recurso para os trabalhadores e não fizeram isso ainda”, informou a assessoria.
Em contrapartida, o Sindicato das Empresas de Transportes (Setransp-DF) divulgou uma nota em que diz estar “cumprindo rigorosamente todos os pontos acordados com os rodoviários e, por esse motivo, julga a paralisação um ato político e absurdo, que só traz prejuízos à população do DF”.
A Secretaria de Transportes do DF também divulgou uma nota oficial, onde repreende a paralisação relâmpago. Segundo a assessoria da pasta, o governo não entendeu o motivo do Setransp-DF não ter assinado o acordo coletivo definido com os rodoviários e o próprio GDF. A nota afirma ainda que o GDF ordenou aos fiscais que autuem todos os veículos que não cumprirem os horários estabelecidos em tabela, bem como encerrou o diálogo com os empresários e ressaltou que cumpriu todos os itens do acordo firmado. Para a secretaria, o Setransp-DF “quebrou o acordo firmado em junho deste ano”.