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Brasília

Rodoviários da Marechal cruzam os braços mais uma vez por falta de pagamento

É a terceira paralisação somente nos últimos 30 dias. Empresa admite atraso e, desta vez, culpa o Governo do Distrito Federal

Willian Matos

21/10/2020 6h10

o Secretario de Estado de Mobilidade do DF Carlos Tomé fala sobre o aplicativo em ônibus da Empresa Marechal.

Ainda na madrugada desta quarta-feira (21) rodoviários da empresa Auto Viação Marechal cruzaram os braços. É a terceira paralisação nos últimos 30 dias, e o motivo é o mesmo: falta de pagamento.

Funcionários alegam que não receberam 40% do último salário. Cestas básicas e horas extras referentes a setembro também estão em atraso.

Com a paralisação, cerca de 489 ônibus ficaram estacionados nos terminais de Ceilândia e de Samambaia. Embora tenha garagens somente nas duas  cidades, a Marechal circula nas regiões de Samambaia, Taguatinga, Ceilândia, Recanto das Emas, Águas Claras, Guará, Gama e Santa Maria.

A Marechal emitiu nota sobre a  paralisação dos funcionários. A empresa afirma que aguarda um repasse do GDF que era para ter ocorrido na terça (20), mas, segundo a eles, “houve um atraso por parte do governo”.

A empresa também condena o Sindicato dos Rodoviários do Distrito Federal e diz que o órgão “mais uma vez se mostrou insensível a esses tempos difíceis de pandemia”.

Leia a nota na íntegra:

Mesmo com todos os esforços da Auto Viação Marechal no sentido de quitar o adiantamento salarial e a cesta básica dos seus funcionários, o Sindicato dos Rodoviários do Distrito Federal, mais uma vez, se mostrou insensível a esses tempos difíceis de pandemia e resolveu paralisar as operações desde o início da manhã desta quarta-feira (21).

A empresa Marechal vem a público explicar que aguardava um repasse do governo do Distrito Federal, para terça-feira (20), mas houve um atraso por parte do governo local. O recurso deve sair somente nesta quarta-feira (21), quando as operações já encontram-se paralisadas. A empresa aguarda esse recurso para quitar o adiantamento dos salários.

É importante lembrar que a crise causada pelo novo coronavirus reduziu em cerca de 60% o número de passageiros transportados, mas a empresa continuou operando com 100% da frota desde o início da pandemia, não reduziu salários ou suspendeu contratos, mantendo todos os postos de trabalho sem nenhuma demissão. Isso fez com que os custos permanecessem os mesmos, porém a receita da empresa passou a ser apenas 40% do que era antes da pandemia, levando à insustentabilidade da operação. A queda na arrecadação criou uma situação muito difícil para o sistema de transporte público.

Mesmo diante de toda dificuldade, a empresa tem se esforçado para não prejudicar seu maior patrimônio que é o corpo de funcionários. No último dia 6, os salários e horas extras foram pagos após a empresa recorrer a um empréstimo. Desde a semana passada a Marechal busca um novo empréstimo, mas o banco ainda não finalizou o processo.

Com relação a nova tarifa técnica, divulgada na semana pessada, já foram encontradas algumas inconsistências na forma de cálculo, que estão sendo tratadas pela empresa.

A Marechal segue com seu compromisso de prestar um serviço de qualidade a população do Distrito Federal e está buscando, de todas as formas, os recursos necessários para garantir a sustentabilidade de sua operação.

Assessoria de Comunicação da Auto Viação Marechal

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