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Brasília

Rede de esgoto para a colônia agrícola Sucupira

As obras foram iniciadas em julho de 2020 e serão entregues ainda este ano

Redação Jornal de Brasília

18/02/2021 6h10

Foto: Acácio Pinheiro/ Agência Brasília

Mayra Dias
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A Colônia Agrícola Sucupira, localizada no Riacho Fundo I, recebeu, do Governo do Distrito Federal (GDF) um investimento de R$ 6,2 milhões para ganhar uma rede de esgoto. A obra, com previsão de ser entregue no segundo semestre deste ano, irá beneficiar cerca de 5 mil moradores da região. “São vários os benefícios desta obra para a população, desde a melhora da saúde pública até a preservação da qualidade dos mananciais hídricos da capital”, afirma o gerente de obras da Companhia de Saneamento do DF (Caesb), Guilherme Gobbi.

Com 75% do serviço concluído desde seu início, em julho de 2020, de acordo com o Executivo Local, a rede de esgoto, que está sob responsabilidade da Caesb, trará qualidade de vida para os moradores das 1.122 casas ali presentes. “As obras de saneamento no Sucupira contemplam a construção de duas estações de bombeamento de esgoto e a implantação de 9 mil metros de redes de esgoto”, destaca Guilherme. Atualmente, as estações elevatórias estão 50% executadas e as redes,72%

O gerente da companhia garante que cerca de mil metros de redes de coleta de esgoto sanitário no sistema condominial serão construídos na Comunidade da Colônia Agrícola, que ainda não contava com coleta e tratamento de esgoto em toda sua extensão. “Com as obras, todo o esgoto da região será coletado e tratado, o que irá possibilitar que as fossas sépticas dos imóveis residenciais e comerciais sejam desativadas, prevenindo a contaminação do solo e do lençol freático”, compartilha Guilherme Gobbi.

Dentre os benefícios da iniciativa, tanto para a população quanto para a infraestrutura do espaço, Fernando de Abreu, Engenheiro Ambiental, destaca redução da mortalidade e de despesas, controle de poluição e a promoção de novos hábitos de higiene aos moradores, como os principais.

“Com uma rede de esgoto bem executada, haverá menos mortes por doenças e uma redução do custo do tratamento da água de abastecimento, pela prevenção da poluição dos mananciais”, avalia o Doutor em Engenharia Hidráulica e Saneamento.

O profissional ainda chama atenção aos problemas provenientes da ausência desse tipo de sistema. São exemplos desses malefícios a poluição do solo e dos mananciais de abastecimento de água, o contato com vetores que transmitem doenças, e, consequentemente, uma redução na qualidade de vida das pessoas que não dispõe desse serviço. “Cabe destacar que, em comunidades afastadas dos centros urbanos podem ser adotadas soluções individuais para o tratamento do esgoto, notadamente com o uso de fossas sépticas ou outras soluções adequadas”, salienta. Fernando destaca a fossa séptica da EMBRAPA, muito difundida em regiões isoladas ou rurais para o tratamento do esgoto, como uma delas. “Não há necessidade de implantação de rede coletora de esgoto e com eficiência de tratamento adequada”, completa o engenheiro.

Como conta a administradora da RA, Ana Lúcia Melo, A Colônia Agrícola Sucupira é um bairro da cidade que já existe há mais de 30 anos, e que os moradores do espaço aguardam por essas obras há cerca de 20. “Essa é uma solicitação antiga da população que o governador Ibaneis Rocha trouxe como prioridade e, hoje, é realidade.

Sem prazo para a conclusão da obra

Uma rede de esgoto, como explica o especialista em saneamento, funciona para fornecer água à população e que, após ser utilizada em suas atividades, fica caracterizada como residuária ou esgoto sanitário. Essas águas, por sua vez, se caracterizam por serem impróprias ao consumo e ao retorno ao meio ambiente. “A função de uma rede coletora é reunir o esgoto produzido nas residências e conduzi-lo, através de tubulações, ao seu destino final, seja ele uma estação de tratamento ou disposição in natura em rios e córregos (o que é crime)”, explica Fernando.

Quanto ao processo de construção dessa rede, o Engenheiro Ambiental explica que um projeto de rede de esgoto deve contemplar tanto a população atual quanto a população futura (ocupação de 100% dos lotes).

“Com os dados populacionais, convertem-se esses em unidades de vazão, e se estabelece os parâmetros básicos do projeto, notadamente o diâmetro e a inclinação que as tubulações deverão estar nos trechos do terreno, além de outros dispositivos acessórios”, resume o doutor.

Ao contrário da rede de água, a de esgoto atua sob a ação da gravidade, sendo esta a única força que transporta os dejetos. Desta forma, é fundamental que os parâmetros como diâmetro e inclinação estejam dimensionados adequadamente. “As funções destes são, respectivamente, suportar a vazão do esgoto, considerando a população futura, e promover a autolimpeza das tubulações, de modo a evitar eventuais entupimentos”, completa.

Fernando Abreu enfatiza que não há como estipular um tempo necessário para finalização de maneira geral, pois cada projeto conta com suas particularidades.“Cada procedimento possui um cronograma específico de realização, de acordo com sua complexidade e especificidades”, observa. “Ainda, durante a execução do projeto, novas alterações podem ser realizadas, afetando o projeto inicial”, finaliza Fernando.

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