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Brasília

Rede de assistência à saúde mental infantojuvenil realiza mais de 240 mil atendimentos neste ano

Unidades como o Adolescentro e o Centro de Orientação Médico Psicopedagógica passam por melhorias para ampliar a capacidade de assistência

Redação Jornal de Brasília

26/10/2023 9h53

Foto: Divulgação

Em 2023, as unidades públicas de saúde mental realizaram mais de 245 mil atendimentos em todo o Distrito Federal. Para ampliar ainda mais o acesso a esses serviços, a rede passa por melhorias. No Adolescentro, por exemplo, as salas de recepção e de arquivo estão sendo reorganizadas, para abrigar mais uma sala de assistência. Já o Compp (Centro de Orientação Médico-Psicopedagógica) estruturou um novo espaço para atendimento em grupos. Com a mudança, a unidade pretende duplicar o número de acolhimentos semanais a novas crianças e adolescentes.

De janeiro a agosto deste ano, as equipes do Compp e do Adolescentro realizaram, juntas, mais de 65 mil atendimentos, entre consultas com médicos, especialistas e em grupo. No mesmo período, considerando assistência individual, coletiva e ações de promoção à saúde, o Centro de Atenção Psicossocial infantojuvenil (Capsi) da Asa Norte atendeu a 21 mil pessoas.

No total de atendimentos, entram ainda na conta as atuações de todos os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) – espalhados em cerca de dez Regiões Administrativas – e outros três Capsi, localizados em Sobradinho, Recanto das Emas e Taguatinga. Estes últimos acolhem crianças e adolescentes que apresentam sofrimento mental grave e persistente, incluindo casos de uso abusivo de álcool e outras drogas.

Dentre as principais demandas recebidas pelas unidades estão transtornos de identidade de gênero e alimentar; ansiedade; depressão, violência, déficit intelectual, entre outras.

Acesso

Na rede da Secretaria de Saúde (SES-DF), os cuidados infantojuvenis de saúde mental contam com três níveis de atendimento. O primário é oferecido nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Os casos que necessitam de atenção secundária, isto é, problemas de saúde mental moderados, entram na regulação para o atendimento multiprofissional em centros especializados como o Adolescentro e o Compp.

Nos Capsi, o acolhimento é diferente e pode ocorrer por meio de demanda espontânea (procura direta do usuário) ou por encaminhamento da rede de saúde ou da Intersetorial (educação, assistência social, justiça). Para o primeiro atendimento no centro psicossocial é indicado que o paciente esteja acompanhado de familiar ou do responsável legal.

Atividades

As reuniões em grupos realizadas no Compp, por exemplo, fazem parte da proposta terapêutica do local e trazem resultados efetivos, reconhecidos pelos profissionais e pelas famílias que participam da experiência. “Os grupos oferecem orientações sobre o neurodesenvolvimento na infância e na adolescência. São muito produtivos”, analisa a nutricionista da SES-DF Cláudia Carvalho, que levou ao Compp o conhecimento adquirido durante a atuação no Centro de Referência Interdisciplinar em Síndrome de Down (CrisDown).

A assistência oferecida no Compp está voltada a casos moderados em saúde mental e conta uma equipe multiprofissional. Dessa forma, as famílias possuem apoio integral, no qual várias especialidades se aliam para solucionar as demandas de cada criança ou adolescente.

O filho de 4 anos do casal Erika Furtado, 28, e Frederico Silva, 32, foi avaliado primeiro na UBS e, em seguida, encaminhado ao Compp. “Está sendo ótimo receber orientações. Os profissionais analisam o caso do meu filho e sabem como agir. Com certeza estamos aprendendo a lidar melhor com ele”, diz a mãe. “É a primeira vez que temos a atenção de uma equipe com várias especialidades. Dá para ver que o pessoal sabe lidar com as crianças. O Lucian se sente muito bem aqui, fica à vontade”, acrescenta.

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