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Brasília

Projeto cultural busca solução

Galpão do Riso e Administração regional de Samambaia se reúnem hoje para discutir regularização do espaço

Redação Jornal de Brasília

27/08/2021 9h23

Arthur Ribeiro
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O Espaço Cultural Galpão do Riso foi notificado pela Administração de Samambaia, na última quarta-feira (25), para deixar o Centro Comunitário dentro do prazo de 72 horas. Os dois envolvidos divergem sobre uma cláusula no termo de concessão do espaço público e se encontram hoje para debaterem a situação.

O projeto cultural foi criado em 2003 com o intuito de promover o núcleo artístico de Samambaia e de haver um espaço voltado para a arte na região. Atualmente, o grupo realiza atividades socioculturais, educativas e de formação artística através de diversas oficinas, além de abordar temas relacionados ao meio ambiente.

O Galpão do Riso começou a utilizar o Centro Comunitário na QR 405 no ano de 2011, após ser disponibilizado pela Administração Regional de Samambaia. O local estava ocioso e depredado, pois servia apenas como depósito, mas o grupo realizou uma revitalização para aproveitar o espaço.

Segundo João Porto, um dos idealizadores do projeto e responsável pelo espaço, a notificação não veio acompanhada de nenhuma justificativa. De acordo com o artista, seria inviável sair do local dentro do tempo estipulado, tendo em vista que haviam diversos itens da estrutura que deveriam ser desmontados e que demandam muito trabalho, como uma lona de circo, por exemplo.

O Galpão divulgou nas redes sociais um vídeo explicativo sobre o ocorrido e também pediu o suporte de artistas contra a desapropriação. Após receber diversas mensagens de apoio até mesmo de fora do Distrito Federal e do país, João se disse emocionado por ver o reconhecimento do trabalho não somente para a comunidade, mas para todo o meio cultural.

Do outro lado, Keiliane de Oliveira Gonçalves, chefe de gabinete da Administração Regional de Samambaia, explicou que o ocorrido se deu devido a um problema que se estende desde 2019. Foi emitida uma autorização de uso do espaço, que continha uma cláusula especificando que o grupo deveria arcar com as despesas de água e energia elétrica. Entretanto, ainda conforme a chefe de gabinete, o representante do Galpão do Riso não concordou com a parte supracitada, e por isso o termo não foi assinado.

A administração regional informou que notificou o grupo por mais de três vezes até que, amparado legalmente, exigiu a liberação do espaço.

De acordo com Keiliane, a intenção não é retirar o grupo do espaço, mas sim legalizar a situação. “É um problema que se arrasta desde 2019. A administração não assumiria uma briga dessas sem necessidade, mas chegou no limite. A intenção não é acabar com o projeto, somente regularizar”, disse.

A fim de solucionar o problema, ocorre hoje uma reunião junto ao Conselho Regional de Cultura para definir os próximos passos. A Administração Regional de Samambaia e o Espaço Cultural Galpão do Riso se dizem confiantes para o encontro e esperam um final feliz para todos.

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